Intro­dução: Os donos do Facebook

     A revista Exame pub­li­cou em fevereiro deste ano uma matéria inti­t­u­la­da “Os 15 bil­ionários mais cari­dosos de 2013”. Na lista, o 1º deles é Mark Zucker­berg, com sua esposa, a pedi­atra Priscila Chan. A for­tu­na do casal, em 2013 esta­va em US$ 13,3 bil­hões. Ao todo, doaram US$ 992,2 mil­hões, quase um déci­mo de seu patrimônio. Hoje, pos­suem US$ 28,5 bilhões!

A impressão que temos é a de que o casal este­ja col­hen­do os fru­tos de sua gen­erosi­dade, de sua capaci­dade de inve­stir em pes­soas. Pois o din­heiro foi repas­sa­do para esco­las, hos­pi­tais e out­ras instituições.

Em 2010, o cri­ador da rede social mais famosa do mun­do entrou para o Giv­ing Pledge (Dan­do garan­tia), um grupo cri­a­do por Bill Gates e War­ren Buf­fet que con­vi­da­va bil­ionários a doarem parte de seus fun­dos em um deter­mi­na­do pra­zo. Mark prom­e­teu doar metade de sua fortuna.

Deus abençoe o Mark com o cumpri­men­to de sua promessa.

     1. Gente é tesouro

Antes que alguém me inter­prete mal, esta men­sagem não é para com­bat­er o ser rico. Ser rico não é com­bat­i­do na Bíblia, mas o acu­mu­lar tesouros na terra.

Jesus afir­ma:

Não ajun­teis tesouros na ter­ra, onde a traça e a fer­rugem tudo con­somem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajun­tai tesouros no céu, onde nem a traça nem a fer­rugem con­somem, e onde os ladrões não minam nem roubam (Mateus 6:19–20).

De acor­do com o dicionário on-line Prib­er­am, para a oita­va definição de “tesouro” temos: “Pes­soa ou coisa por que se tem pro­fun­da afeição ou a que se liga grande apreço”.

Tesouro, então, é aqui­lo que cati­va meu coração e, por­tan­to, algo no qual inve­stiria toda min­ha vida.

Quem con­segue, de tem­pos em tem­pos, embar­car numa nave espa­cial espe­cial  e faz­er alguns depósi­tos de din­heiro ou joias no ban­co celes­tial? Ora, no diz­er de Cristo deve­mos inve­stir em coisas que podemos levar ou man­dar para o céu. E a úni­ca coisa daqui da ter­ra que vai para o céu são pes­soas. Então, Jesus está nos ensi­nan­do que o maior inves­ti­men­to que existe nes­ta vida é gente! Em nos­so corre-corre diário típi­co da con­tem­po­ranei­dade pode nos fal­tar tem­po para um monte de coisas, mas jamais para inve­stir em gente. Nos­sa pas­sagem pela ter­ra é muito cur­ta, e a úni­ca maneira de acu­mu­la­rmos algo para a eternidade é man­dan­do pes­soas para o céu.

As vidas humanas são tão pre­ciosas aos olhos de Deus que a con­ver­são de uma pes­soa altera a roti­na do céu! Jesus nos con­ta que […] Há ale­gria na pre­sença dos anjos de Deus por causa de um pecador que se arrepende (Lucas 15:10). E quem começa a fes­ta é o próprio Sen­hor. Con­seguimos imag­i­nar a cena?

     2. Deus investiu e investe em nós

Todos nós andá­va­mos des­gar­ra­dos como ovel­has; cada um se desvi­a­va pelo seu cam­in­ho; mas o Sen­hor fez cair sobre ele a iniq­uidade de nós todos (Isaías 53:6).

Toda pes­soa que hoje se encon­tra no cam­in­ho da sal­vação out­ro­ra esta­va como ovel­ha des­gar­ra­da. Essa é a história de todos nós! E a dolorosa maneira pela qual Deus nos trouxe de vol­ta para Si foi entre­gan­do a vida do Seu Fil­ho! Deus não mede esforços, e espera que, como fil­hos ama­dos, sig­amos Seu exemplo.

Não impor­ta se alguém se encon­tra des­gar­ra­do sendo mem­bro ou não da igre­ja. Ovel­has des­gar­radas são amadas e dese­jadas por Deus.

Que homem den­tre vós, ten­do cem ovel­has, e per­den­do uma delas, não deixa no deser­to as noven­ta e nove, e não vai após a per­di­da até que ven­ha a achá-la? (Lucas 15:4).

Os relatos reais a seguir são exem­p­los atu­ais do quan­to Deus ama, e do quan­to Ele quer que amem­os e invis­ta­mos em cada pessoa.

a) A história do Ray

Um jovem recém-con­ver­tido começou a ter prob­le­mas na vida pes­soal, e parou de ir à igre­ja. Pas­sou, inclu­sive a fre­quen­tar fes­tas mun­danas. No coração de seu pas­tor surgiu uma “ira san­ta”. Ele pen­sou: — Eu vou me dedicar para quê? O Ray está indo para as fes­tas… Se ele real­mente quisesse Deus, ele não estaria se jogan­do nas coisas do mun­do, beben­do e fazen­do muitas coisas que o mun­do oferece”.

E o Espíri­to San­to disse suave­mente ao pas­tor: — Vá atrás do Ray.

O pas­tor já esta­va super­vi­sio­n­an­do em torno de 50 igre­jas. Esta­va ocupadíssimo!

Mas o Espíri­to San­to insis­tiu: — Vá atrás do Ray.

O pas­tor argu­men­tou: — Ó, Pai, ele mora tão longe, fora da cidade, lá numa colô­nia, e eu não ten­ho tem­po para ficar per­den­do com pes­soas que não querem nada. Eu vou me dedicar àque­las que estão queren­do Te levar a sério.

Mas o Sen­hor lhe respon­deu: — Se você não for fiel no pouco, eu não vou lhe colo­car sobre o muito. Você quer que um dia eu con­fie mil­hares de ovel­has às suas mãos?

Ao que o pas­tor respon­deu: — Sim, claro que eu quero.

E o Sen­hor final­i­zou a con­ver­sa: — Então seja fiel no pouco. Se você não for fiel no pouco, eu não lhe farei fiel sobre o muito.

O pas­tor foi várias vezes à casa do Ray, lançou palavras de fé, rejeitou a men­ti­ra do dia­bo (Não vá inve­stir em quem não quer nada). Ray voltou, casou-se com uma jovem muito ded­i­ca­da à obra, e hoje ele é pas­tor de tem­po integral!

b) A história do Gildo

Sim­i­lar à história do Ray, a história do Gildo é a de um desvi­a­do profis­sion­al! Enquan­to Gildo esta­va no arraiá enchen­do a cara, à mesa com algu­mas pros­ti­tu­tas, o Espíri­to San­to disse ao pas­tor: — Vá atrás do Gildo.

E o pas­tor foi. Foram várias abor­da­gens. O pas­tor abençoa­va o rapaz, e o Espíri­to San­to insis­tia sem­pre. O pas­tor chegou a ir à casa do Gildo, e a mãe do rapaz disse-lhe que Gildo não que­ria falar com ele. O pas­tor pediu per­mis­são para falar com o rapaz, e foi até o quin­tal dos fun­dos con­ver­sar com Gildo debaixo da árvore em que o jovem se encontrava.

O pas­tor declar­a­va: — Você vai ser um homem de Deus. Você vai ser um pas­tor, Gildo.

Cer­to dia, o pas­tor e um irmão subi­am uma ladeira, quan­do avis­taram o Gildo descen­do, vin­do em sua direção, doidão e abraça­do com duas pros­ti­tuas, uma em cada braço. O pas­tor entre­gou o vio­lão que car­rega­va ao irmão, e disse: — A paz do Sen­hor, irmão Gildo!

Gildo chamou o pas­tor no can­to e disse: — Tá bom, tá bom. Eu vou voltar para a igreja.

Final­mente, Gildo voltou. Casou-se com uma mul­her abençoa­da. Hoje ambos são pas­tores, super­vi­sio­n­an­do mais de 300 células!

3. Todo cristão é um sac­er­dote do Rei

De acor­do com Mateus 6:19–20, todos somos chama­dos a inve­stir em pes­soas. Todo cristão é chama­do para ser um sac­er­dote. Isto não é ape­nas respon­s­abil­i­dade, mas sobre­tu­do um priv­ilé­gio. Imag­ine ir morar por toda a eternidade com pes­soas que você cuidou nos poucos anos de vida na terra!

Inspi­ra­do pelo Espíri­to San­to, Pedro afirmou:

Mas vocês são a raça escol­hi­da, os sac­er­dotes do Rei, a nação com­ple­ta­mente ded­i­ca­da a Deus, o povo que per­tence a ele. Vocês foram escol­hi­dos para anun­ciar os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a sua mar­avil­hosa luz. Antes, vocês não eram o povo de Deus, mas ago­ra são o seu povo; antes, não con­heci­am a mis­er­icór­dia de Deus, mas ago­ra já rece­ber­am a sua mis­er­icór­dia (1ª Pedro 2:9–10).

Não cuidar com amor e ded­i­cação das pes­soas que Deus colo­ca em nos­so cam­in­ho, impli­ca em 3 prob­le­mas muito sérios:

1 – Demon­stramos a nos­sa fal­ta de entendi­men­to do val­or eter­no e infini­to de cada pes­soa. E, o que é pior, Deus cobrará cada uma de nos­sas mãos.

2 – Deus não nos con­fi­ará mais pes­soas. Ele colo­ca sobre o muito quem é fiel no pouco. Não esta­mos falan­do de “oba, oba”, de igre­jas que crescem ape­nas por mar­ket­ing e out­ras estraté­gias humanas. Isso não tem a ver com con­ver­são. Gan­har pes­soas para Jesus e cuidar bem delas é o úni­co meio de ter­mos cresci­men­to genuíno.

3 – A igre­ja fica com uma atmos­fera neg­a­ti­va, de desamor. Exis­tem mes­mo cristãos car­entes, novos-con­ver­tidos que pre­cisam ser mima­dos como bebês. Quan­do não se dá atenção a essas fas­es do amadurec­i­men­to cristão, as pes­soas vão falar mal da igre­ja e da liderança.

Ser um ver­dadeiro cristão exige que abramos mão de tabus, e cuidemos com amor e per­se­ver­ança das pessoas.

Um pas­tor foi chama­do a min­is­trar numa igre­ja amer­i­cana na qual havia muitos can­de­labros, car­petes grossos… Mas a igre­ja não cres­cia. A lid­er­ança pediu socor­ro àquele pas­tor, ao que ele lhes disse: A primeira coisa que vocês terão que faz­er será gostar de choro de bebê! Novos-con­ver­tidos são bebês na fé, e bebês dão trabalho.

Miguelz­in­ho, fil­ho de Mar­cos e Adri­ana só se acal­mou no meu colo, depois de orar­mos, eu e as irmãs do berçário, para que o Sen­hor aju­dasse Miguel a se adap­tar. Quan­do eu fui ousar sair da sala… Buáá!!! Miguel a par­tir daí ficou brin­can­do sem sair do meu colo.

Às vezes o mimo será necessário, até o instante em que, com muito amor, os bebês se tornarão cri­anças con­scientes de que tam­bém devem cuidar de outros.

Havia um irmão que só ia à igre­ja no domin­go se os irmãos o vis­i­tassem durante a sem­ana. Caso con­trário ele não ia. Depois de algum tem­po o pas­tor lhe expôs a real­i­dade de que ele já esta­va era pre­cisan­do faz­er vis­i­tas tam­bém. E o irmão disse: — Não quero que voltem mais.

E o pas­tor pen­sou: — Ai, ai, ai. Ofen­di o irmão!

Ele ten­tou mudar: — Não, irmão queri­do. Nós vamos voltar sim.

- Não, pas­tor. Eu enten­di. O sen­hor expli­cou bem expli­ca­do. Eu vou aju­dar a cuidar dos novos-convertidos.

No dia seguinte, por vol­ta das 9 da noite, aque­le irmão aparece de bici­cle­ta na frente da casa do pastor:

- Pas­tor, eu saí do tra­bal­ho, e ain­da nem voltei para casa para tomar ban­ho ou jan­tar. Fui vis­i­tar umas pes­soas, e falei de Jesus a muitas delas. Elas dis­ser­am que irão ao cul­to no domin­go. Eu só pas­sei aqui para lhe dar o relatório!

Glória a Deus! Que sejamos cristãos ver­dadeiros, investin­do em gente, acu­mu­lan­do tesouros no céu. Deus nos abençoe no cumpri­men­to da nos­sa tare­fa, respon­s­abil­i­dade, e priv­ilé­gio. Amém.

Intro­dução

     Eis um fato real con­ta­do pelo setor de mídia da Lagoin­ha, uma história que nos toca pro­fun­da­mente e enco­ra­ja a lutar e prosseguir:

     O can­tor Rena­to Gabry nasceu no Rio de Janeiro, cap­i­tal, e foi cri­a­do na cidade inte­ri­o­rana de Ita­pe­runa (RJ), onde serviu a Deus com seus pais. Em 2010, quan­do Rena­to tin­ha 20 anos, um grave aci­dente mudaria a vida daque­la família.

     O rapaz volta­va da fac­ul­dade de moto a uma veloci­dade de ape­nas 40km/h, quan­do se deparou com um bura­co na estra­da. Já esta­va se aprox­i­man­do de casa, quan­do a roda caiu den­tro da depressão e ele foi lança­do met­ros dali. O capacete voou e Rena­to bateu com a cabeça con­tra o chão. O aci­dente foi em baixa veloci­dade e não tin­ha nen­hum out­ro veícu­lo envolvi­do. Foi socor­ri­do pelos seus viz­in­hos, inclu­sive sua tia esta­va pas­san­do pelo local no momen­to do acidente.

     Rena­to não perdeu a con­sciên­cia durante o desas­tre, mas sofreu de uma dor inde­scritív­el. Teve uma con­vul­são no local do aci­dente, out­ra na ambulân­cia e por fim uma no hos­pi­tal que só foi con­tro­la­da com muito medica­men­to. Exter­na­mente era como se não tivesse sofri­do nada; havia ape­nas um pequeno corte na cabeça. Quan­do fez exam­es mais detal­ha­dos, os médi­cos desco­bri­ram que esta­va com trau­ma­tismo crânio-ence­fáli­co, con­heci­do como TCE.

     A pan­ca­da foi muito forte e atingiu a região mais sen­sív­el do cére­bro. Foi para a Unidade de Treina­men­to Inten­si­vo, UTI, porque teria que ser sub­meti­do urgen­te­mente a uma cirur­gia pela lesão cere­bral. Induz­iu-se o coma, porque um coágu­lo havia se formado.

     Depois da cirur­gia, teve uma infecção no cére­bro que se chama ence­falopa­tia sép­ti­ca. Sua cabeça começou a inchar. Con­tro­la­da a ence­falopa­tia, teve out­ra com­pli­cação. Os médi­cos con­tam que o rapaz teve todas as com­pli­cações que alguém na sua situ­ação podia ter. Assim, foi acometi­do de um der­rame pleur­al (seu pul­mão começou a se encher de líqui­do), e depois teve uma espé­cie de bol­ha de sangue no pul­mão. Por fim, teve pneu­mo­nia. Esta ficou tão sev­era que pas­sou para toda a cor­rente san­guínea, afe­tan­do vários órgãos e teci­dos. Foi então que Rena­to rece­beu o diag­nós­ti­co de infecção gen­er­al­iza­da. Por causa da infecção, seus rins, pân­creas e out­ros órgãos mur­charam como se estivessem sendo comi­dos pela infecção. Como o rim não fun­ciona­va, teve que faz­er trans­fusão de sangue, para que tivesse a chance de sobre­viv­er; enquan­to isso, seu coração fun­ciona­va à base de injeção de adrenalina.

     Durante todo esse tem­po a igre­ja, a família e quase toda a cidade estavam oran­do pela sua vida. Os médi­cos expli­cavam à sua mãe sobre o seu real esta­do. Às vezes diziam que ele não pas­saria daque­la noite. Para se ter uma ideia da real situ­ação, podemos tomar como refer­ên­cia uma escala da vida, indo de 1 a 15. As pes­soas que se encon­tram no está­gio 15 estão saudáveis, quem está no está­gio 2 teve morte cere­bral. Rena­to se encon­tra­va na posição 3 da escala. Porém, sua mãe dizia aos médi­cos que ele em breve sairia do hos­pi­tal. Os doutores achavam que ela não com­preen­dia muito bem o que eles diziam porque mes­mo com as notí­cias ruins, ela man­tinha a mes­ma fé e con­vicção da cura de seu filho.

     Como dito, a cidade esta­va em oração pela sua vida, e nas rádios anun­ci­avam pedi­dos de oração. Uma mul­her cega ouviu o anún­cio e disse que Deus man­dou que ela vis­i­tasse o jovem Renato.

     Como ele já esta­va em esta­do ter­mi­nal, pela med­i­c­i­na, no 15º dia da inter­nação já estavam liberan­do qual­quer tipo de visi­ta, para que as pes­soas pudessem se des­pedir do rapaz. Quem esta­va pre­sente na UTI con­ta que o dia que essa mul­her cega, chama­da Ana Paula, entrou no quar­to para orar por Rena­to, hou­ve como uma espé­cie de fogo em vol­ta do leito, mes­mo com o ar-condi­ciona­do man­ten­do a tem­per­atu­ra muito baixa.

     Ela orou fer­vorosa­mente por Rena­to e naque­le mes­mo dia ele acor­dou. Os médi­cos con­tam que seus parâmet­ros mudaram, sua medição de pla­que­tas mel­horou instan­ta­nea­mente, seus órgãos recu­per­aram taman­ho e aspec­tos nor­mais. Suas lesões cere­brais, por fim, desapareceram.

     Quan­do ele acor­dou, não se lem­bra­va de nada; não sabia nem quem era. Sua mãe falou com ele, expli­can­do sobre o aci­dente. Grada­ti­va­mente começou a se lem­brar das coisas, então recor­dou que era cristão e cria em Deus. Então começou a orar, ouvin­do no hos­pi­tal a músi­ca que sua mãe havia colo­ca­do no quar­to, chama­da “Jeová Rafah, o Deus que cura”. Essa músi­ca, o próprio Rena­to Gabry havia grava­do um ano antes do acidente.

     A equipe médi­ca recon­hece que hou­ve mila­gre no caso. Inclu­sive um médi­co disse: “Uma coisa é cer­ta: não sei se foi Deus ou algo sobre­nat­ur­al, mas esse meni­no não é daqui. A gente nun­ca vê isso acontecer”.

     Aleluia! Deus faz o que a mente comum não pode imag­i­nar, coisas que só se vêem com os olhos da fé, e que não podem jamais ser esquecidas.

1 – Boas lem­branças não podem ser esquecidas

     Hoje, Rena­to Gabry can­ta o mila­gre de Deus. Aliás, seu primeiro CD, grava­do ao vivo em 2012, tem como músi­ca tema a canção inti­t­u­la­da “meu mila­gre”, e se baseia nes­sa tremen­da história de cura.

     Na história de Rute e sua sogra Noe­mi há uma sequên­cia de fatos trági­cos: primeiro vem a fome a Israel, fazen­do com que Elimeleque, sua esposa Noe­mi e os dois fil­hos do casal, Mal­om e Quil­iom, vão emb­o­ra para a ter­ra de Moabe. Elimeleque morre, e seus dois fil­hos se casam com moças moabitas chamadas Orfa e Rute. Quase 10 anos depois eles mor­rem, e a viú­va Noe­mi ago­ra tam­bém fica sem fil­hos. Quan­do ela está retor­nan­do des­o­la­da, sem esposo e sem fil­hos para Israel, sua ter­ra natal, e ape­sar de todas as suas palavras de dor, Rute deixa a todos nós boquiaber­tos. Noe­mi está voltan­do para sua ter­ra e man­da a suas noras per­manecerem em Moabe e casarem-se nova­mente. Mas Rute des­obe­dece, decide segui-la, e diz: “… Seu povo será meu povo, e seu Deus, o meu Deus” (Rute 1:16).

     Rute diz: SEU DEUS SERÁ O MEU DEUS! Essa frase se refle­tirá num con­ceito poderoso que acom­pan­hará home­ns e mul­heres que servem ao Sen­hor. Muitos dirão, por causa deles e delas: Dá-me o teu Deus!

     Se eu e você andar­mos com Jesus; se viver­mos como ami­gos de Deus, como a mãe de Rena­to Gabry, ou como a sen­ho­ra cega que orou no hos­pi­tal, nos­sa maneira de viv­er, a glória que irá acom­pan­har nos­sa história fará com que muitos digam como Rute disse a Noe­mi: Eu quero o teu Deus! Mes­mo na nos­sa hora de dor, a memória do que Deus fez por nós ain­da arderá em muitos corações!

     Mas parece que esta­mos ante­ci­pan­do as coisas. Por que Rute, a moabi­ta, mul­her que não era judia, disse isso? Cer­ta­mente não foram as palavras mais recentes de Noe­mi, nem os acon­tec­i­men­tos mais recentes de sua vida que impul­sion­aram Rute a quer­er o Deus de sua sogra. Ao con­trário, naque­la hora a impressão que eu ten­ho em Noe­mi é a de uma mul­her pro­fun­da­mente decep­ciona­da com Deus. Em Rute 1:15 Noe­mi diz: “Veja, sua cun­ha­da voltou a seu povo e a seu deus; volte, siga sua cunhada”.

     Mas Rute está de algum modo mar­ca­da e, por mais sur­preen­dente que pareça, nem o espíri­to amar­gu­ra­do de sua sogra con­segue apa­gar essa marca!

     Ape­sar de o rela­to bíbli­co não nos dar muitos detal­h­es, há uma luz no ver­so 1, ao diz­er: Quan­do os juízes ain­da jul­gavam, nos dias em que hou­ve uma fome na ter­ra, cer­to homem de Belém foi viv­er no ter­ritório de Moabe.

     Ou seja, Elimeleque, cujo nome sig­nifi­ca em hebraico “meu Deus é Rei”, e sua mul­her Noe­mi, mudaram-se de Israel para a ter­ra de Moabe entre os anos 1200 e 1050 a.C. Con­sideran­do-se que ape­nas em Juízes 6, só na época de Gideão, é que se fala aber­ta­mente de fome na ter­ra de Israel no perío­do dos juízes, é cer­to que essa família bem con­hecia as histórias dos grandes livra­men­tos de Deus através de Josué, na con­quista de Canaã. Pos­sivel­mente Elimeleque e Noe­mi, e através deles Mal­om, Quil­iom, Rute e Orfa tam­bém con­heci­am a fan­tás­ti­ca história da lib­er­tação de Israel do domínio do poderoso rei canani­ta chama­do Jabim. Deus usara uma pro­feti­sa chama­da Déb­o­ra para enco­ra­jar Baraque a lid­er­ar a batal­ha con­tra o exérci­to do gen­er­al de Jabim, o gen­er­al Sísera. E depois que Sísera ten­tou fugir, uma mul­her chama­da Jael o matou.

     Rute sabia, de algum modo, que Deus faz a coisa que ninguém espera, na hora em que ninguém espera, usan­do pes­soas que ninguém espera! E até que Ele faça de novo algo mirac­u­loso, não podemos esque­cer do que Ele já fez por nós ou pelos outros.

     Rute era uma viú­va, assim como Noe­mi. Sua esper­ança de sal­vação não esta­va nec­es­sari­a­mente no que Deus fiz­era por ela, no pas­sa­do, mas no que Deus fiz­era pelo povo de seu esposo, de seu sogro e de sua sogra. Rute pos­sivel­mente se encheu de esper­ança ouvin­do as histórias de outros.

     Talvez ela disse entre lágri­mas: Min­ha sogra, eu não pos­so ficar aqui em Moabe. Eu não creio mais no deus do meu povo. Porque ago­ra eu sei. Eu ouvi as histórias de Josué e dos primeiros juízes, e eu sei, sim, eu sei que só o Deus do teu povo é ver­dadeira­mente Deus!

     Que os mila­gres de out­ros encham a nos­sa vida com fé, a pon­to de exper­i­men­ta­r­mos nos­sos próprios mila­gres na cam­in­ha­da com Jesus.

     Que assim como o Deus da família e do povo de Noe­mi se tornou o Deus de Rute, o Deus de Rena­to Gabry, de sua mãe, da mul­her cega, o Deus da Bíblia seja o nos­so Deus.

     Após nar­rar histórias e mais histórias de fé, no capí­tu­lo 11 de sua car­ta, o autor aos Hebreus ini­cia o capí­tu­lo 12 fazen­do-nos um poderoso con­vite, lançan­do mão do maior de todos os exem­p­los de fé, que é Jesus:

     Por­tan­to nós tam­bém, pois que esta­mos rodea­d­os de uma tão grande nuvem de teste­munhas, deix­e­mos todo o embaraço, e o peca­do que tão de per­to nos rodeia, e cor­ramos com paciên­cia a car­reira que nos está pro­pos­ta, olhan­do para Jesus, autor e con­sumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe esta­va pro­pos­to, supor­tou a cruz, desprezan­do a afronta, e assen­tou-se à destra do trono de Deus. Con­sid­erai, pois, aque­le que supor­tou tais con­tradições dos pecadores con­tra si mes­mo, para que não enfraque­çais, des­fale­cen­do em vos­sos âni­mos. (Hebreus 12:1–3)

     Lem­bre-se do que Ele fez ontem!

2 – “Dá-me o teu Deus” em meio ao vento

     Para quem dia-a-dia anda com Cristo, todo ven­to, enfim, será vis­to como ven­to de Deus.

     Dê atenção ao chama­do de Saulo, em Atos 9:15–16: “Mas o Sen­hor disse a Ana­nias: — Vá, pois eu escol­hi esse homem para tra­bal­har para mim, a fim de que ele anun­cie o meu nome aos não judeus, aos reis e ao povo de Israel. Eu mes­mo vou mostrar a Saulo tudo o que ele terá de sofr­er por min­ha causa”

     Os sofri­men­tos de Saulo estavam no plano eter­no de Deus.

     Veja o que acon­te­ceu com Pedro após o mila­gre da mul­ti­pli­cação dos pães:

     22 — E logo orde­nou Jesus que os seus dis­cípu­los entrassem no bar­co, e fos­sem adi­ante para o out­ro lado, enquan­to des­pe­dia a mul­ti­dão. 23 — E, des­pe­di­da a mul­ti­dão, subiu ao monte para orar, à parte. E, chega­da já a tarde, esta­va ali só. 24 ‑E o bar­co esta­va já no meio do mar, açoita­do pelas ondas; porque o ven­to era con­trário; 25 — Mas, à quar­ta vigília da noite (entre 3 e 6 da man­hã, segun­do as vigílias romanas), dirigiu-se Jesus para eles, andan­do por cima do mar. 26 — E os dis­cípu­los, vendo‑o andan­do sobre o mar, assus­taram-se, dizen­do: É um fan­tas­ma. E gri­taram com medo. 27 — Jesus, porém, lhes falou logo, dizen­do: Tende bom âni­mo, sou eu, não temais. 28 — E respon­deu-lhe Pedro, e disse: Sen­hor, se és tu, man­da-me ir ter con­ti­go por cima das águas. 29 — E ele disse: Vem. E Pedro, descen­do do bar­co, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. 30 — Mas, sentin­do o ven­to forte, teve medo; e, começan­do a ir para o fun­do, clam­ou, dizen­do: Sen­hor, sal­va-me! 31 — E logo Jesus, esten­den­do a mão, segurou‑o, e disse-lhe: Homem de pou­ca fé, por que duvi­daste? 32 — E, quan­do subi­ram para o bar­co, acal­mou o ven­to. (Mateus 14:22–32)

     Princí­pios rev­e­la­dos no texto:

1 – COM CRISTO, VENTO CONTRÁRIO É PARTE DA CENA DO MILAGRE!

2 – MESMO COM CRISTO VEREMOS AS ONDAS E SENTIREMOS O VENTO!

3 – A ÚNICA PERGUNTA DEVIDA EM MEIO AO VENTO E ÀS ONDAS É: AO ENCONTRO DE QUEM VOCÊ ESTÁ INDO? SE A RESPOSTA FOR: DE CRISTO, NÃO PARE!

4 – O MESMO CRISTO QUE DIZ “VEM COMIGO”, É AQUELE QUE NOS SUSTENTA SOBRE AS ÁGUAS, E NOS LEVANTA SE FORMOS AFUNDAR!

3 – “Dá-me o teu Deus” para que eu o glorifique

     Em últi­mo lugar, voltan­do à história de Rute, deve­mos enten­der que, ao mudar de Deus, ela mudou sua ado­ração. Ela está dizen­do: Min­ha sogra, eu quero cul­tu­ar. Eu quero hon­rar o Deus do teu povo!

     O que Ele fez e o que Ele prom­e­teu faz­er no futuro me impul­sion­am a faz­er algo hoje por Ele!

     Ao se des­pedir dos líderes da igre­ja de Éfe­so, Paulo lhes disse, em Atos 20:

     19 Fiz o meu tra­bal­ho como ser­vo do Sen­hor, com toda a humil­dade e com lágri­mas. E isso ape­sar dos tem­pos difí­ceis que tive, por causa dos judeus que se jun­tavam con­tra mim. 20 Vocês tam­bém sabem que fiz tudo para aju­dar vocês, anun­cian­do o evan­gel­ho e ensi­nan­do pub­li­ca­mente e nas casas. 21 Eu disse com firmeza aos judeus e aos não judeus que eles devi­am se arrepen­der dos seus peca­dos, voltar para Deus e crer no nos­so Sen­hor Jesus. 22 Ago­ra eu vou para Jerusalém, obe­de­cen­do ao Espíri­to San­to, sem saber o que vai me acon­te­cer lá. 23 Sei somente que em todas as cidades o Espíri­to San­to tem me avisa­do que prisões e sofri­men­tos estão me esperan­do. 24 Mas eu não dou val­or à min­ha própria vida. O impor­tante é que eu com­plete a min­ha mis­são e ter­mine o tra­bal­ho que o Sen­hor Jesus me deu para faz­er. E a mis­são é esta: anun­ciar a boa notí­cia da graça de Deus.

     Mais à frente, no mes­mo capí­tu­lo, Paulo dirá:

     32— E ago­ra eu os entrego aos cuida­dos de Deus e da palavra da sua graça. Pois ele pode ajudá-los a pro­gredir espir­i­tual­mente e pode dar-lhes as bênçãos que guar­da para todo o seu povo.

     Há inúmeras bênçãos para hoje: mila­gres extra­ordinários, sal­vação e cura. E todos ess­es mila­gres apon­tam para algo ain­da maior, guarda­do no céu para os vence­dores. Por­tan­to, man­ten­hamos os olhos fixos em Jesus e marchemos até o fim! Amém.

Intro­dução

12 — Veio ain­da a mim a palavra do Sen­hor, dizen­do: 13 — Fil­ho do homem, quan­do uma ter­ra pecar con­tra mim, se rebe­lando grave­mente, então esten­derei a min­ha mão con­tra ela, e lhe que­brarei o sus­ten­to do pão, e enviarei con­tra ela fome, e cortarei dela home­ns e ani­mais. 14 — Ain­da que estivessem no meio dela estes três home­ns, Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça livrari­am ape­nas as suas almas, diz o Sen­hor Deus. (Eze­quiel 14:12–14)

     Esse tex­to nos fala de um princí­pio da graça: home­ns e mul­heres de Deus servem como fonte de sal­vação e livra­men­to! Por causa deles e delas, Deus pode abençoar, curar, traz­er livra­men­to às pes­soas que estão ao redor dess­es home­ns e mul­heres de Deus.

     Os 3 home­ns cita­dos no tex­to aci­ma servi­ram como fonte de sal­vação e livramento:

• Noé anun­ciou o juí­zo que viria aos seus con­ter­râ­neos, para que eles aban­donassem a mal­dade: Deus não deixou escapar o mun­do anti­go, mas trouxe o dilúvio sobre o mun­do dos que não que­ri­am saber de Deus. A úni­ca pes­soa que ele salvou foi Noé, que anun­ciou que todos devi­am obe­de­cer a Deus. E Deus tam­bém salvou mais out­ras sete pes­soas. (II Pedro 2:5)
• Daniel, sendo pri­sioneiro em ter­ra estrangeira, clam­ou pela lib­er­tação de seu povo, e foi ouvido.
• Jó orou pelos seus ami­gos-inimi­gos. Sobre isto falarei adiante.

     Deus nos san­tifi­ca, fazen­do de nós parte de um proces­so de san­tifi­cação. Todo seguidor de Jesus Cristo é uma das engrena­gens do mila­gre da purifi­cação e restau­ração do mundo.

     A Bíblia diz que Deus se ale­gra e se orgul­ha das trans­for­mações que Ele faz no caráter dos seres humanos. Isso ocor­reu com um dos home­ns cita­dos no tex­to de Eze­quiel: Jó. Num diál­o­go com satanás, Deus disse: “Você reparou em meu ser­vo Jó, pois não há ninguém como ele na ter­ra, um homem irrepreen­sív­el e reto, que teme a Deus e se afas­ta do mal?”. Deus está orgul­hoso de Jó, e ao lon­go do livro que nos con­ta a história desse homem, ver­e­mos que o jus­to Jó pre­cisa­va orar por seus fil­hos (e ele ora­va e ofer­e­cia sac­ri­fí­cios pelos peca­dos deles a Deus, sem­pre que iam faz­er fes­ta na casa de algum deles), pre­cisa­va ser luz para sua esposa (na hora da calami­dade, Jó a cor­rige e ensi­na sobre aceitar­mos tan­to os tem­pos bons quan­to os difí­ceis como dádi­vas de Deus), luz para seus empre­ga­dos (é diante dos que escaparam da morte, que Jó ado­ra a Deus), pre­cisa­va ser o homem que oraria e abençoaria seus amigos-inimigos.

     Somos parte de um plano maior, mais amp­lo. Deus nos san­tifi­ca para que a nos­sa san­tifi­cação sir­va de leito para o rio da graça. Pre­cisamos enten­der que não somos um troféu, mas as peças da grandiosa engrenagem da graça.

     O Deus do Evan­gel­ho rev­ela, no capí­tu­lo 42 do livro de Jó, um dos grandes propósi­tos do sofri­men­to de seu ser­vo fiel: rev­e­lar aos ami­gos de Jó, pos­sivel­mente grandes sábios da época, home­ns de influên­cia que foram vis­i­tar Jó depois que a calami­dade atingiu sua vida, rev­e­lar a grandes sábios que o maior de todos os con­hec­i­men­tos é a mis­er­icór­dia, é a Graça.

     A úni­ca coisa que eles sabi­am faz­er, ven­do as feri­das, o luto, a mis­éria e a dor que atin­gi­ram a vida de Jó, era acusá-lo de injustiça. A ati­tude deles fez com que Deus ficas­se irado:

7 — Sucedeu que, aca­ban­do o Sen­hor de falar a Jó aque­las palavras, o Sen­hor disse a Eli­faz, o temani­ta: A min­ha ira se acen­deu con­tra ti, e con­tra os teus dois ami­gos, porque não falastes de mim o que era reto, como o meu ser­vo Jó. (Jó 42)

     Uma das coisas que mais provo­ca a ira em um pai é a mal­dade entre irmãos. O dis­cur­so e a ati­tude acu­sado­ra deles rev­ela­va um Deus difer­ente do Deus de Jó. O Deus deles era mon­stru­oso, implacáv­el. O Deus de Jó era acessív­el, alguém a quem Jó pode­ria abrir tudo o que sen­tisse ou pen­sasse. Deus está ira­do, irá punir aque­les home­ns, mas como fre­quente­mente acom­pan­ha a justiça com a mis­er­icór­dia, diz-lhes: Tomai, pois, sete bez­er­ros e sete carneiros…

     Deus irá aceitar um sac­ri­fí­cio pelo peca­do. Mas… Como seria esse sacrifício?

8 — Tomai, pois, sete bez­er­ros e sete carneiros, e ide ao meu ser­vo Jó, e ofer­e­cei holo­caus­tos por vós, e o meu ser­vo Jó orará por vós; porque dev­eras a ele aceitarei, para que eu não vos trate con­forme a vos­sa lou­cu­ra; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu ser­vo Jó. 9 — Então foram Eli­faz, o temani­ta, e Bil­dade, o suí­ta, e Zofar, o naa­mati­ta, e fiz­er­am como o Sen­hor lhes dis­sera; e o Sen­hor aceitou a face de Jó. 10 — E o Sen­hor virou o cativeiro de Jó, quan­do ora­va pelos seus ami­gos; e o Sen­hor acres­cen­tou, em dobro, a tudo quan­to Jó antes pos­suía. 11 — Então vier­am a ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quan­tos dantes o con­hece­r­am, e com­er­am com ele pão em sua casa, e se con­do­er­am dele, e o con­so­laram acer­ca de todo o mal que o Sen­hor lhe havia envi­a­do; e cada um deles lhe deu uma peça de din­heiro, e um pen­dente de ouro. (Jó 42:7–11)

     Deus só virou o cativeiro de Jó no momen­to em que este orou pedin­do bênçãos para seus amigos-inimigos!

     Há quem diga que a escri­ta do livro de Jó se deu numa época próx­i­ma da escri­ta do Gêne­sis. Não se sabe ao cer­to. Sabe­mos, entre­tan­to, que é um livro anti­go. E é mar­avil­hoso pen­sar que numa época tão prim­i­ti­va a graça de Cristo já estivesse exigin­do amor e oração em favor dos pecadores.

     Muito depois, o Sen­hor Jesus viria a diz­er aber­ta­mente, no Ser­mão do Monte, que Deus tem uma aliança com aque­les que, de fato, amam os pecadores:

44 — Eu, porém, vos digo: Amai a vos­sos inimi­gos, ben­dizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos mal­tratam e vos perseguem; para que sejais fil­hos do vos­so Pai que está nos céus; (Mateus 5:44)

     Os fil­hos de Deus são aque­les que inter­ce­dem pelos pecadores.

     Em 1999, na cidade de Keon­jhar, no esta­do de Oris­sa, Índia, o mis­sionário aus­traliano Gra­ham Staines, de 58 anos, e seus dois fil­hos, Philip (10) e Tim­o­thy (6), foram cer­ca­dos por uma tur­ba de fanáti­cos hin­dus. Staines tin­ha fun­da­do um lar para trata­men­to de lep­rosos. Ele e seus dois fil­hin­hos estavam dor­min­do den­tro de sua Van, quan­do foram cer­ca­dos e queima­dos vivos.

     Depois dessa tragé­dia, todos esper­avam que sua esposa Gladys retor­nasse para a Aus­trália. Mas ela per­maneceu por mais 5 anos, cuidan­do dos lep­rosos. Gladys lutou na supre­ma corte da Índia, pedin­do clemên­cia para os ter­ror­is­tas. Ela dizia: “Eu per­doei os assas­si­nos. Eu… não guar­do ran­cor porque o perdão traz cura, e nos­so país pre­cisa curar-se do ódio e da violência”.

     Pas­sa­dos 5 anos, antes de Gladys retornar à Aus­trália, super­vi­sio­nou a con­strução de um novo hos­pi­tal para lep­rosos, o Gra­ham Staines Memo­r­i­al Hos­pi­tal. Como recon­hec­i­men­to, o gov­er­no indi­ano con­cedeu àquela sen­ho­ra estrangeira a segun­da mais alta con­dec­o­ração civ­il da Índia.

     Paulo, em seu dis­cur­so de des­pe­di­da dos pas­tores de Éfe­so, diz que o Evan­gel­ho é o “Evan­gel­ho da Graça”:

24 — Mas em nada ten­ho a min­ha vida por pre­ciosa, con­tan­to que cumpra com ale­gria a min­ha car­reira, e o min­istério que rece­bi do Sen­hor Jesus, para dar teste­munho do evan­gel­ho da graça de Deus. (Atos 20:24)

     O Evan­gel­ho da Graça só é “Evan­gel­ho” (boa notí­cia) se os pecadores recebem perdão, e só é “da Graça” se esse perdão vem como um ato de generosidade.

     Aque­les que amam e inter­ce­dem pelos pecadores são fil­hos de Deus. Eles amam e inter­ce­dem pelos pecadores porque veem o que os pecadores não veem (seu próprio pas­sa­do, e o perigoso futuro dos pecadores). Amam porque têm o coração bon­doso de seu Pai, que é Deus. Amam e rece­berão hon­ra e glória de seu Pai. Amam e trans­for­mam o mundo.

     Faz alguns domin­gos con­tei-lhes sobre Nel­son Man­dela e Desmond Tutu, em sua cam­pan­ha “Releve Tudo”, implan­ta­da pela comis­são que Man­dela criou e que Tutu lid­er­ou, a Comis­são de Ver­dade e Rec­on­cil­i­ação, após o fim da políti­ca racista da África do Sul, o Apartheid.

     Alguns sul-africanos protes­taram, dizen­do que era injus­to deixar crim­i­nosos em liber­dade. Man­dela insis­tiu dizen­do que o país pre­cisa­va mais de cura do que de justiça.

     O homem que escreveu em 1779 a letra da canção Amaz­ing Grace chama­va-se John New­ton. Adaptei uma de suas poesias:

Ain­da não sou o que pos­so ser
Ain­da não sou o que dev­e­ria ser
Ain­da não sou o que gostaria, nem o que pre­tendo ser
Mas agradeço a Deus, pois não sou mais o que já fui
E pos­so diz­er: pela graça de Deus sou o que sou
E haverei de ser tudo o que Ele quer que eu seja.

     A poe­sia de John New­ton nos fala das ver­dades que impul­sion­am o amor e a oração pelos pecadores:

1 – Todo sal­vo sabe de que chamas foi res­gata­do, e que isso se deu pela Graça! Sabe que foi por causa do amor e da inter­cessão do San­to e Jus­to, não ape­nas com palavras, mas com suor, lágri­mas e sangue, que foi resgatado.

28 — Olhai, pois, por vós, e por todo o reban­ho sobre que o Espíri­to San­to vos con­sti­tu­iu bis­pos, para apas­cen­tardes a igre­ja de Deus, que ele res­ga­tou com seu próprio sangue. (Atos 20:28)

     Jesus não inter­cedeu só de joel­hos, mas pen­dura­do na cruz. Não ofer­e­ceu palavras, mas seu sangue. Subiu o altar do holo­caus­to, deitou-se, e se deixou matar pelos pecadores.

2 – Todo sal­vo sabe que se os pecadores não forem res­gata­dos, um futuro negro os espera

14 — E destes pro­fe­ti­zou tam­bém Enoque, o séti­mo depois de Adão, dizen­do: Eis que é vin­do o Sen­hor com mil­hares de seus san­tos; 15 — Para faz­er juí­zo con­tra todos e con­denar den­tre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impia­mente come­ter­am, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores dis­ser­am con­tra ele. (Judas 1:14–15)

7 — Mas os céus e a ter­ra que ago­ra exis­tem pela mes­ma palavra se reser­vam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juí­zo, e da perdição dos home­ns ímpios. (II Pedro 3:7)

3 – Todo sal­vo, ten­do sido tira­do das chamas, con­hece a força do braço poderoso que é a Graça de Deus, rev­e­la­da em Jesus Cristo. Já sen­tiu que a Graça é poderosa e pode con­vert­er o mais indig­no dos pecadores.

13 — A mim, que dantes fui blas­femo, e perseguidor, e inju­rioso; mas alcan­cei mis­er­icór­dia, porque o fiz igno­ran­te­mente, na incredul­i­dade. 14 — E a graça de nos­so Sen­hor super­abun­dou com a fé e amor que há em Jesus Cristo. 15 — Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mun­do, para sal­var os pecadores, dos quais eu sou o prin­ci­pal. 16 — Mas por isso alcan­cei mis­er­icór­dia, para que em mim, que sou o prin­ci­pal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua lon­ga­n­im­i­dade, para exem­p­lo dos que havi­am de crer nele para a vida eter­na. 17 — Ora, ao Rei dos sécu­los, imor­tal, invisív­el, ao úni­co Deus sábio, seja hon­ra e glória para todo o sem­pre. Amém. (I Timó­teo 1:13–17)

4 – Todo sal­vo sabe que viv­er em amor é a úni­ca pro­va e garan­tia de sal­vação. Só quem está no amor está em Cristo.

8 — Todavia, se cumprird­es, con­forme a Escrit­u­ra, a lei real: Amarás a teu próx­i­mo como a ti mes­mo, bem fazeis. 13 — Porque o juí­zo será sem mis­er­icór­dia sobre aque­le que não fez mis­er­icór­dia; e a mis­er­icór­dia tri­un­fa do juí­zo. (Tia­go 2:8 e 13)

16 – Assim con­hece­mos o amor que Deus tem por nós e con­fi­amos nesse amor. Deus é amor. Quem per­manece nesse amor está unido com Deus, e Deus per­manece unido com ele. Des­ta for­ma o amor é con­duzi­do à maturi­dade conosco: nós esta­mos no mun­do como o Mes­sias está. Isso nos dá con­fi­ança para o Dia do Juí­zo. (I João 4:16–17)

Intro­dução

     Todos fomos chama­dos a ser­mos res­gata­dores de vidas para Deus. Faze­mos parte de uma cor­rente que não deve ser que­bra­da. Provavel­mente alguém nos con­duz­iu a Jesus Cristo, e nós deve­mos con­duzir out­ros, e ess­es out­ros a mais out­ros, etc. O nos­so chama­do é o de faz­er­mos dis­cípu­los de Cristo, gan­har­mos e cuidar­mos bem das pes­soas. A aliança que ver­e­mos ago­ra será jus­ta­mente a aliança que Deus fir­ma com pes­soas que aten­dem Seu chama­do de servirem e cuidarem de pes­soas. Deus ungirá, dará autori­dade àque­les que aten­derem aos seus critérios.

     O que ver­e­mos é a exa­ta apli­cação das palavras de Jesus em Mateus 22:14: “Muitos são chama­dos (ou con­vi­da­dos), mas poucos são escol­hi­dos”. Muitos são con­vi­da­dos a se assentarem na mesa do ban­quete do Sen­hor, mas ape­nas alguns recebem esse dire­ito e autori­dade, sendo escol­hi­dos para se assentarem com Ele.

     A aliança davídi­ca é o tipo de aliança fir­ma­da com aque­les que, sendo chama­dos por Deus, dis­põem-se a servir o povo de Deus. Eis nos­so texto-chave:

Estas são as últi­mas palavras de Davi: “Palavras de Davi, fil­ho de Jessé; palavras do homem que foi exal­ta­do, do ungi­do pelo Deus de Jacó, do can­tor dos cân­ti­cos de Israel: 2 “O Espíri­to do Sen­hor falou por meu inter­mé­dio; sua palavra esteve em min­ha lín­gua. 3 O Deus de Israel falou, a Rocha de Israel me disse: ‘Quem gov­er­na o povo com justiça, quem o gov­er­na com o temor de Deus, 4 é como a luz da man­hã ao nascer do sol, numa man­hã sem nuvens. É como a clar­i­dade depois da chu­va, que faz crescer as plan­tas da ter­ra’. 5 “A min­ha dinas­tia está de bem com Deus. Ele fez uma aliança eter­na comi­go, fir­ma­da e garan­ti­da em todos os aspec­tos. Cer­ta­mente me fará pros­per­ar em tudo e me con­ced­erá tudo quan­to eu dese­jo. (II Samuel 23:1–5)

     Davi nos con­ta de uma aliança que Deus esta­b­ele­cera com ele, uma aliança eter­na e firme, de fazê-lo pros­per­ar em tudo, de con­ced­er os dese­jos do seu coração. Por quê Deus fir­mara essa aliança?

1 – Deus encon­trara em Davi um ado­rador. Antes de ser rei, Davi era algo que ele men­ciona ago­ra, no fim da vida: o “can­tor dos cân­ti­cos de Israel”. A primeira vir­tude de um homem é recon­hecer e hon­rar a grandeza de Deus. Quan­do a Bíblia afir­ma, em Provér­bios 1:7, que “O temor do Sen­hor é o princí­pio da sabedo­ria (ou con­hec­i­men­to)”, ao falar-nos de temor, Salomão está indi­can­do um cam­in­ho chama­do reverên­cia e ado­ração. Deus está em bus­ca de home­ns e mul­heres que sejam hoje os can­tores dos cân­ti­cos de Aquidaua­na. Na Bíblia Judaica, II Samuel 23:1 está assim: Estas são as últi­mas palavras de David: ‘Este é o dis­cur­so de David, o fil­ho de Yishai, o dis­cur­so do homem que foi exal­ta­do, o homem que foi ungi­do pelo Deus de Ya‘akov, o doce can­tor de Yisra’el.

     Deve­mos lem­brar que a doçu­ra do lou­vor não está sem­pre nos lábios de quem can­ta, mas de quem recebe o lou­vor, como um man­jar que se ofer­ece ao rei. Jó, quan­do perdeu seus fil­hos e bens, adorou ao Sen­hor. As doces palavras de ado­ração saíram de lábios que sen­ti­am o gos­to amar­go da per­da. Sim­boli­ca­mente diríamos que o lou­vor foi amar­go em seus lábios, mas doce ao pal­adar do Sen­hor. Ao con­trário do lou­vor, a mur­mu­ração ou recla­mação é sem­pre amar­ga, tan­to na boca dos home­ns quan­to nos lábios do Senhor.

     Deus está procu­ran­do doces can­tores! Essa é a primeira condição de alianças com a qual­i­dade da que Deus fez com Davi.

2 – Deus encon­trara em Davi um coração puro. Quan­do Davi é ain­da jovem, ele é ungi­do por Samuel. Há um detal­he impor­tante na escol­ha de Davi: foi um ato sober­a­no de Deus, mas não sem um porquê, sem um moti­vo. A graça que escol­he home­ns pecadores para o cumpri­men­to de grandes propósi­tos de lid­er­ança espir­i­tu­al frutífera não é insana. Ela não age sem­pre sem motivos que pos­sam ser iden­ti­fi­ca­dos. “Ah! Por que Deus escol­heu fulano para essa ou essa obra? Ah! Por pura sobera­nia arbi­trária”. Não! Não pense que a graça de Deus é um aces­so de lou­cu­ra, e que sua escol­ha baseia-se no nada, em espe­cial quan­do se fala de líderes entre o povo de Deus.

     Por que Deus escol­heu Davi para ser rei? Porque viu algo no seu coração. Deus diz a Samuel: É em Davi que está o coração que eu procuro.

1 — Então disse o Sen­hor a Samuel: Até quan­do terás dó de Saul, havendo‑o eu rejeita­do, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belemi­ta; porque den­tre os seus fil­hos me ten­ho provi­do de um rei. (I Samuel 16:1)

4 — Fez, pois, Samuel o que dis­sera o Sen­hor, e veio a Belém; então os anciãos da cidade saíram ao encon­tro, tremen­do, e dis­ser­am: De paz é a tua vin­da? 5 — E disse ele: É de paz, vim sac­ri­ficar ao Sen­hor; san­tifi­cai-vos, e vin­de comi­go ao sac­ri­fí­cio. E san­tifi­cou ele a Jessé e a seus fil­hos, e os con­vi­dou ao sac­ri­fí­cio. 6 — E sucedeu que, entran­do eles, viu a Eli­abe, e disse: Cer­ta­mente está per­ante o Sen­hor o seu ungi­do. 7 — Porém o Sen­hor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparên­cia, nem para a grandeza da sua estatu­ra, porque o ten­ho rejeita­do; porque o Sen­hor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Sen­hor olha para o coração. (I Samuel 16:4–7)

11 — Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os moços? E disse: Ain­da fal­ta o menor, que está apas­cen­tan­do as ovel­has. Disse, pois, Samuel a Jessé: Man­da chamá-lo, porquan­to não nos assentare­mos até que ele ven­ha aqui. 12 — Então man­dou chamá-lo e fê-lo entrar (e era rui­vo e for­moso de sem­blante e de boa pre­sença); e disse o SENHOR: Lev­an­ta-te, e unge‑o, porque é este mes­mo! (I Samuel 16:11–12)

     Aleluia! Deus encon­trou o coração que que­ria! E aí alguém dirá: “Pas­tor, e eu? Meu coração é tão mau”. Se você quer ser ami­go de Deus, poderosa­mente usa­do por Ele, nos tal­en­tos, sejam quais forem, que Ele te deu, peça-lhe um novo coração, e Ele o dará! Não escon­da seus peca­dos. Con­fesse-os. Deus está sem­pre pron­to a per­doar. Adore ao Sen­hor. Seja sen­sív­el às mar­avil­has de Deus. Exalte‑o. Respire o ar da liber­dade dos ado­radores. Prostre-se diante dEle e o adore!

     Além de ter esta­b­ele­ci­do sua aliança eter­na com Davi por causa da ado­ração e do coração, há um ter­ceiro ele­men­to na aliança para com aque­les que Deus esta­b­elece como cuidadores do seu povo, garan­ti­n­do fazê-los pros­per­ar em tudo! Mas antes de falar desse ter­ceiro ele­men­to, preste atenção: Líderes ungi­dos pros­per­am em tudo, e da sua pros­peri­dade o povo de Deus pros­pera. Lid­er­ança espir­i­tu­al saudáv­el é um fluxo con­tín­uo de bênçãos. Se você for fiel na ado­ração e pureza de coração, aque­les que entrarem em aliança com você, e forem obe­di­entes, tam­bém pros­per­arão, rece­berão a mes­ma bênção!

³O Deus de Israel falou, a Rocha de Israel me disse: ‘Quem gov­er­na o povo com justiça, quem o gov­er­na com o temor de Deus, é como a luz da man­hã ao nascer do sol, numa man­hã sem nuvens. É como a clar­i­dade depois da chu­va, que faz crescer as plan­tas da terra’.

 3 – Fé tes­ta­da e aprova­da.  Vamos ao ter­ceiro ele­men­to da aliança: Antes da unção (aliança) ou ime­di­ata­mente após ela (para con­fir­má-la, ou não), o homem ou a mul­her de Deus serão fre­quente­mente sub­meti­dos a grandes testes públi­cos de obe­diên­cia e fé. O tex­to da vitória de Davi sobre Golias nos fala de um teste da fé, no qual ape­nas Davi pas­sou, e no qual todo o Israel foi reprova­do. Naque­le momen­to Deus esta­va sub­me­tendo seu escol­hi­do a uma pro­va, para enfim começar a esta­b­elecê-lo como rei!

41 — O fil­is­teu tam­bém vin­ha se aprox­i­man­do de Davi; e o que lhe lev­a­va o escu­do ia adi­ante dele. 42 — E, olhan­do o fil­is­teu, e ven­do a Davi, o despre­zou, porquan­to era moço, rui­vo, e de gen­til aspec­to. 43 — Disse, pois, o fil­is­teu a Davi: Sou eu algum cão, para tu vires a mim com paus? E o fil­is­teu pelos seus deuses amaldiçoou a Davi. 44 — Disse mais o fil­is­teu a Davi: Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às bestas do cam­po. 45 — Davi, porém, disse (primeira ati­tude: Davi declar­ou pub­li­ca­mente sua fé) ao fil­is­teu: Tu vens a mim com espa­da, e com lança, e com escu­do; porém eu ven­ho a ti em nome do Sen­hor dos Exérci­tos, o Deus dos exérci­tos de Israel, a quem tens afronta­do. 46 — Hoje mes­mo o Sen­hor te entre­gará na min­ha mão, e ferir-te-ei, e tirar-te-ei a cabeça, e os cor­pos do arra­ial dos fil­is­teus darei hoje mes­mo às aves do céu e às feras da ter­ra; e toda a ter­ra saberá que há Deus em Israel; 47 — E saberá toda esta con­gre­gação que o Sen­hor sal­va, não com espa­da, nem com lança; porque do Sen­hor é a guer­ra, e ele vos entre­gará na nos­sa mão. 48 — E sucedeu que, lev­an­tan­do-se o fil­is­teu, e indo encon­trar-se com Davi, apres­sou-se Davi, e cor­reu ao com­bate, a encon­trar-se com o fil­is­teu (segun­da ati­tude: Davi agiu). 49 — E Davi pôs a mão no alfor­je, e tomou dali uma pedra e com a fun­da lha atirou, e feriu o fil­is­teu na tes­ta, e a pedra se lhe encravou na tes­ta, e caiu sobre o seu ros­to em ter­ra. 50 — Assim Davi prevale­ceu con­tra o fil­is­teu, com uma fun­da e com uma pedra, e feriu o fil­is­teu, e o matou; sem que Davi tivesse uma espa­da na mão. 51 — Por isso cor­reu Davi, e pôs-se em pé sobre o fil­is­teu, e tomou a sua espa­da, e tirou‑a da bain­ha, e o matou, e lhe cor­tou com ela a cabeça; ven­do então os fil­is­teus, que o seu herói era mor­to, fugi­ram. 52 — Então os home­ns de Israel e Judá se lev­an­taram, e jubi­la­ram, e seguiram os fil­is­teus, até chegar ao vale, e até às por­tas de Ecrom; e caíram os feri­dos dos fil­is­teus pelo cam­in­ho de Saaraim até Gate e até Ecrom. 53 — Então voltaram os fil­hos de Israel de perseguirem os fil­is­teus, e despo­jaram os seus arra­iais. 54 — E Davi tomou a cabeça do fil­is­teu, e a trouxe a Jerusalém; porém pôs as armas dele na sua ten­da. 55 — Ven­do, porém, Saul, sair Davi a encon­trar-se com o fil­is­teu, disse a Abn­er, o capitão do exérci­to: De quem é fil­ho este moço, Abn­er? E disse Abn­er: Vive a tua alma, ó rei, que o não sei. 56 — Disse então o rei: Per­gun­ta, pois, de quem é fil­ho este moço. 57 — Voltan­do, pois, Davi de ferir o fil­is­teu, Abn­er o tomou con­si­go, e o trouxe à pre­sença de Saul, trazen­do ele na mão a cabeça do fil­is­teu. 58 — E disse-lhe Saul: De quem és fil­ho, jovem? E disse Davi: Fil­ho de teu ser­vo Jessé, belemi­ta. (I Samuel 17:41–58)

5 — E saía Davi aonde quer que Saul o envi­asse e con­duzia-se com prudên­cia, e Saul o pôs sobre os home­ns de guer­ra; e era aceito aos olhos de todo o povo, e até aos olhos dos ser­vos de Saul. 6 — Sucedeu, porém, que, vin­do eles, quan­do Davi volta­va de ferir os fil­is­teus, as mul­heres de todas as cidades de Israel saíram ao encon­tro do rei Saul, can­tan­do e dançan­do, com adufes, com ale­gria, e com instru­men­tos de músi­ca. 7 — E as mul­heres dançan­do e can­tan­do se respon­di­am umas às out­ras, dizen­do: Saul feriu os seus mil­hares, porém, Davi os seus dez mil­hares (Deus começou a esta­b­ele­cer o homem que havia declar­a­do e agi­do, como um grande líder em Israel). (I Samuel 18:5–7)

     Em con­tra­parti­da, a Bíblia tam­bém nos con­ta a história de Saul:

1 — Saul reinou um ano; e no segun­do ano do seu reina­do sobre Israel, 2 — Saul escol­heu para si três mil home­ns de Israel; e estavam com Saul dois mil em Micmás e na mon­tan­ha de Betel, e mil estavam com Jônatas em Gibeá de Ben­jamim; e o resto do povo des­pediu, cada um para sua casa. 3 — E Jônatas feriu a guarnição dos fil­is­teus, que esta­va em Gibeá, o que os fil­is­teus ouvi­ram; pelo que Saul tocou a trom­be­ta por toda a ter­ra, dizen­do: Ouçam os hebreus. 4 — Então todo o Israel ouviu diz­er: Saul feriu a guarnição dos fil­is­teus, e tam­bém Israel se fez abom­ináv­el aos fil­is­teus. Então o povo foi con­vo­ca­do para jun­to de Saul em Gil­gal. 5 — E os fil­is­teus se ajun­taram para pele­jar con­tra Israel, trin­ta mil car­ros, e seis mil cav­aleiros, e povo em mul­ti­dão como a areia que está à beira do mar; e subi­ram, e se acam­param em Micmás, ao ori­ente de Bete-Áven. 6 — Ven­do, pois, os home­ns de Israel que estavam em apuros (porque o povo esta­va angus­ti­a­do), o povo se escon­deu pelas cav­er­nas, e pelos espin­hais, e pelos pen­has­cos, e pelas for­ti­fi­cações, e pelas covas. 7 — E alguns dos hebreus pas­saram o Jordão para a ter­ra de Gade e Gileade; e, estando Saul ain­da em Gil­gal, todo o povo ia atrás dele tremen­do. 8 — E esper­ou Saul sete dias, até ao tem­po que Samuel deter­mi­nara; não vin­do, porém, Samuel a Gil­gal, o povo se dis­per­sa­va dele. 9 — Então disse Saul: Trazei-me aqui um holo­caus­to, e ofer­tas pací­fi­cas. E ofer­e­ceu o holo­caus­to. 10 — E sucedeu que, aca­ban­do ele de ofer­e­cer o holo­caus­to, eis que Samuel chegou; e Saul lhe saiu ao encon­tro, para o saudar. 11 — Então disse Samuel: Que fizeste? Disse Saul: Porquan­to via que o povo se espal­ha­va de mim, e tu não vin­has nos dias apraza­dos, e os fil­is­teus já se tin­ham ajun­ta­do em Micmás, 12 — Eu disse: Ago­ra descerão os fil­is­teus sobre mim a Gil­gal, e ain­da à face do Sen­hor não orei; e con­stran­gi-me, e ofer­e­ci holo­caus­to. 13 — Então disse Samuel a Saul: Pro­cedeste nes­ci­a­mente, e não guardaste o man­da­men­to que Sen­hor teu Deus te orde­nou; porque ago­ra o Sen­hor teria con­fir­ma­do o teu reino sobre Israel para sem­pre; 14 — Porém ago­ra não sub­si­s­tirá o teu reino; já tem bus­ca­do o Sen­hor para si um homem segun­do o seu coração, e já lhe tem orde­na­do o Sen­hor, que seja capitão sobre o seu povo, porquan­to não guardaste o que o Sen­hor te orde­nou. (I Samuel 13:1–14)

     Ao ser reprova­do num grande teste públi­co de obe­diên­cia e fé, Saul foi reprova­do como líder do povo de Deus, no segun­do ano do seu reinado.

     Mas é impor­tante lem­brar­mos que, por vezes, a própria igre­ja local sub­me­terá pes­soas a testes, para ver se elas são capac­i­tadas ou não para lid­er­arem o povo de Deus:

8 — Da mes­ma sorte os diá­conos sejam hon­estos, não de lín­gua dobre, não dados a muito vin­ho, não cobiçosos de tor­pe ganân­cia; 9 — Guardan­do o mis­tério da fé numa con­sciên­cia pura. 10 — E tam­bém estes sejam primeiro prova­dos, depois sir­vam, se forem irrepreen­síveis. (I Timó­teo 3:8–10)

     Davi afir­ma com con­fi­ança, em II Samuel 23:1: “A min­ha dinas­tia está de bem com Deus”. Ou “A min­ha casa está firme com Deus”.

     E a par­tir daí, o grande rei de Israel completa:

Ele fez uma aliança eter­na comi­go, fir­ma­da e garan­ti­da em todos os aspec­tos. Cer­ta­mente me fará pros­per­ar em tudo e me con­ced­erá tudo quan­to eu desejo.

     Home­ns e mul­heres cuja fé foi ou será tes­ta­da e aprova­da, home­ns e mul­heres que man­têm o coração puro, e que são rev­er­entes ado­radores. Home­ns que se dis­põem, como Davi, a dar teste­munho de Deus e de Cristo diante das pes­soas. Sim! Home­ns que amam a Cristo, a Rocha de Israel, acer­ca da qual Davi falou. São estes os que Deus quer colo­car sobre o seu povo, fazen­do-os pros­per­ar em tudo, e abençoan­do com o fluxo dessa mes­ma pros­peri­dade a todo o seu povo.

Intro­dução

              Creio que o Sen­hor quer que eu intro­duza um tema que ver­e­mos tam­bém no próx­i­mo ou próx­i­mos domin­gos: “Deus de Pactos”. Tratare­mos de alianças que Deus faz colo­can­do todas as condições; daque­las em que Ele, por seu Espíri­to, nos impul­siona a faz­er, por exem­p­lo, na for­ma de votos; de tratos e dis­tratos (rescisões) espirituais.
                  Des­de o Gêne­sis, o Deus que criou todas as coisas por Sua Palavra poderosa sus­ten­ta-as e man­tém-nas em ordem tam­bém por Sua Palavra. E essa manutenção da ordem se dá por meio de pactos, de promes­sas, de alianças. Por ser um Deus cujo poder se man­i­fes­ta a par­tir da Palavra, Deus Sus­ten­ta­dor é, em grande medi­da, sinôn­i­mo de “Deus de Pactos”. Os pactos con­têm as condições que Deus deter­mi­na, ou que exige de nós, para que a ordem e o bem sejam man­ti­dos, ou para que novos níveis de unção e mila­gres sejam alcançados.

1 – Um dos primeiros pactos: a relação desigual entre as duas descendências
                 É no instante da que­da, quan­do Adão e Eva pecam por primeira vez, que Deus esta­b­elece uma aliança entre a mul­her e sua descendên­cia, e a ser­pente e sua descendên­cia. É uma sen­tença pro­feri­da por Deus que define como seria a relação entre essas duas descendên­cias. E para esta­b­ele­cer essa relação, Ele anun­cia o envio do Sal­vador. A esse tre­cho da Bíblia, a teolo­gia chama de “Pro­to­e­van­gel­ho”, a 1ª refer­ên­cia à vin­da de Cristo ao mundo.

14 — Então o Sen­hor Deus disse à ser­pente: Porquan­to fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os ani­mais do cam­po; sobre o teu ven­tre andarás, e pó com­erás todos os dias da tua vida. 15 — E por­ei ini­mizade entre ti e a mul­her, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o cal­can­har. (Gêne­sis 3:14–15)
             Mas… Quem é a ser­pente do Gêne­sis? Curiosa­mente, muitas respostas do Gêne­sis são dadas clara­mente no Apocalipse.

9 — E foi pre­cip­i­ta­do o grande dragão, a anti­ga ser­pente, chama­da o Dia­bo, e Satanás, que engana todo o mun­do; ele foi pre­cip­i­ta­do na ter­ra, e os seus anjos foram lança­dos com ele. (Apoc­alipse 12:9)

           De quem Deus está falan­do ao se referir à semente da mul­her, que feriria a cabeça da ser­pente? Evi­den­te­mente, Deus não está dizen­do que todos os humanos feriri­am a ser­pente. Nova­mente o Apoc­alipse vai explicar o Gênesis:

17 — E o dragão irou-se con­tra a mul­her, e foi faz­er guer­ra ao remanes­cente da sua semente, os que guardam os man­da­men­tos de Deus, e têm o teste­munho de Jesus Cristo. (Apoc­alipse 12:17)

              Os dis­cípu­los de Jesus Cristo são a descendên­cia da mul­her. São eles os que têm poder para pis­ar satanás:

19 — Eis que vos dou poder para pis­ar ser­pentes e escor­piões, e toda a força do inimi­go, e nada vos fará dano algum. (Lucas 10:19)

Garan­tias poderosas do Protoevangelho:
                Volte­mos ao tex­to orig­i­nal: 15 — E por­ei ini­mizade entre ti e a mul­her, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o cal­can­har. (Gn 3)

1 – Deus faz com que seus fil­hos sejam hostis ao Reino de Satanás. 

               Os fil­hos de Deus sem­pre estão procu­ran­do meios de minar o reino de satanás. Home­ns e mul­heres de Deus nun­ca se mostram pas­sivos diante do mal!

               É exata­mente essa a ver­dade que João dirá de modo indi­re­to no ver­so 8, abaixo:

7 — Fil­hin­hos, ninguém vos engane. Quem prat­i­ca justiça é jus­to, assim como ele é jus­to. 8 — Quem comete o peca­do é do dia­bo; porque o dia­bo peca des­de o princí­pio. Para isto o Fil­ho de Deus se man­i­festou: para des­faz­er as obras do dia­bo. (O que não está explíc­i­to aqui, é que João está dizen­do nas entre­lin­has: Ora, se somos fil­hos de Deus, façamos o mes­mo: des­façamos as obras do dia­bo). 9 — Qual­quer que é nasci­do de Deus não comete peca­do; porque a sua semente per­manece nele; e não pode pecar, porque é nasci­do de Deus. (I João 3:7–9)

2 – A relação entre as sementes da mul­her e da ser­pente seria desigual.

              Ess­es dois reinos sem­pre estari­am em guer­ra. Mas sem­pre a feri­da da semente da ser­pente seria maior que a feri­da da semente da mul­her. No embate entre os fil­hos de Deus e satanás e seus fil­hos, o maior dano será cau­sa­do ao reino do malig­no. Os fil­hos de Deus seri­am feri­dos no cal­can­har, mas a ser­pente seria feri­da na cabeça.

                 Apro­fun­demos o sen­ti­do destas coisas:

1 – A ser­pente foi fei­ta do pó da ter­ra; a mul­her, con­tu­do, foi fei­ta do homem, pelo dedo de Deus.

2 – A ser­pente e seus fil­hos rep­re­sen­tam Satanás e seus fil­hos. A Bíblia diz expres­sa­mente que o dia­bo tem seus fil­hos no mun­do: 38 — O cam­po é o mun­do; e a boa semente são os fil­hos do reino; e o joio são os fil­hos do malig­no; (Mateus 13:38)

3 – Assim como a ser­pente está sen­ten­ci­a­da ao pó da ter­ra, Satanás foi pre­cip­i­ta­do à ter­ra, quan­do da sua expul­são dos céus, e quan­do esta ter­ra for con­sum­i­da pelo fogo do juí­zo, Satanás será igual­mente lança­do no lago de fogo. Ou seja, o príncipe deste mun­do está defin­i­ti­va e irre­me­di­avel­mente vin­cu­la­do ao juí­zo deste mundo.

17 — Elevou-se o teu coração por causa da tua for­mo­sura, cor­rompeste a tua sabedo­ria por causa do teu resplen­dor; por ter­ra te lan­cei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. (Eze­quiel 28:17)

10 — E o dia­bo, que os engana­va, foi lança­do no lago de fogo e enx­ofre, onde está a besta e o fal­so pro­fe­ta; e de dia e de noite serão ator­men­ta­dos para todo o sem­pre. 11 — E vi um grande trono bran­co, e o que esta­va assen­ta­do sobre ele, de cuja pre­sença fugiu a ter­ra e o céu (isto é, a ter­ra e os astros foram abal­a­dos); e não se achou lugar para eles. (Apoc­alipse 20:10–11)

Em Gêne­sis 3:15, o Pro­to­e­van­gel­ho, Deus fez um pacto com Adão e Eva, no Éden, nos seguintes ter­mos: o enganador será con­de­na­do, e os descen­dentes de vocês que andarem comi­go, que andarem com o grande descen­dente da mul­her, o meu Fil­ho, Jesus Cristo, que enviarei ao mun­do, irão vencê-lo!

10 — E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Ago­ra é chega­da a sal­vação, e a força, e o reino do nos­so Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acu­sador de nos­sos irmãos é der­ruba­do, o qual diante do nos­so Deus os acusa­va de dia e de noite. 11 — E eles o vence­r­am pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu teste­munho; e não ama­ram as suas vidas até à morte. (Apoc­alipse 12:10–11)

Antes que chegue a vitória final, ao lon­go da cam­in­ha­da Deus nos chamará a fir­mar­mos algu­mas alianças, para manutenção da ordem, para que reinemos com Ele num out­ro nív­el de autori­dade. Nos­so próx­i­mo exem­p­lo de aliança, que retra­ta fiel­mente essa ver­dade, está na aliança com Noé.

2 — A aliança de paz: a arca de Noé
13 — Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vin­do per­ante a min­ha face; porque a ter­ra está cheia de vio­lên­cia; e eis que os des­farei com a ter­ra. 14 — Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás com­par­ti­men­tos na arca e a betu­marás por den­tro e por fora com betume. 15 — E des­ta maneira a farás: De trezen­tos côva­dos o com­pri­men­to da arca, e de cinqüen­ta côva­dos a sua largu­ra, e de trin­ta côva­dos a sua altura. 16 — Farás na arca uma janela, e de um côva­do a acabarás em cima; e a por­ta da arca porás ao seu lado; far-lhe-ás andares, baixo, segun­do e ter­ceiro. 17 — Porque eis que eu tra­go um dilúvio de águas sobre a ter­ra, para des­faz­er toda a carne em que há espíri­to de vida debaixo dos céus; tudo o que há na ter­ra expi­rará. 18 — Mas con­ti­go esta­b­ele­cerei a min­ha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus fil­hos, tua mul­her e as mul­heres de teus fil­hos con­ti­go. (Gêne­sis 6:13–18)

                 Deus fez a aliança com Noé para que hou­vesse o fim da vio­lên­cia. A mal­dade do homem chegara ao cúmulo:

5 — E viu o SENHOR que a mal­dade do homem se mul­ti­plicara sobre a ter­ra e que toda a imag­i­nação dos pen­sa­men­tos de seu coração era só má con­tin­u­a­mente. (Gêne­sis 6:5)

                 O livra­men­to de Noé era um chama­do para o resta­b­elec­i­men­to do amor e da paz. A arca de sal­va­men­to é a Arca do Resta­b­elec­i­men­to da Paz No Mun­do; seu nome hebraico seria Beit-Shalom (Casa de Paz). Deus destru­iu os home­ns porque eles estavam destru­in­do uns aos out­ros e tam­bém à ter­ra. Deus salvou Noé para resta­b­ele­cer a paz.

                 Se você creu em Cristo para a sua sal­vação, sai­ba que essa fé tem um propósi­to: o resta­b­elec­i­men­to da paz! Ape­nas os fil­hos da paz podem ser chama­dos de fil­hos de Deus.
                
                   “Quão abençoa­d­os os que pro­movem a paz! Porque serão chama­dos fil­hos de Deus” (Mateus 5:9).

                 O Evan­gel­ho é o Evan­gel­ho da Paz. Como a arca de Noé, Cristo é a nos­sa arca de sal­vação com um dup­lo propósi­to: restau­rar a paz entre os home­ns e Deus, e a paz dos home­ns com os home­ns. Aque­les que têm um inqui­etante espíri­to de guer­ra e ran­cor, mágoas e ofen­sas não podem ser chama­dos de fil­hos de Deus.

11 — Por­tan­to, lem­brai-vos de que vós noutro tem­po éreis gen­tios na carne, e chama­dos incir­cun­cisão pelos que na carne se chamam cir­cun­cisão fei­ta pela mão dos home­ns; 12 — Que naque­le tem­po estáveis sem Cristo, sep­a­ra­dos da comu­nidade de Israel, e estran­hos às alianças da promes­sa, não ten­do esper­ança, e sem Deus no mun­do. 13 — Mas ago­ra em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes per­to. 14 — Porque ele é a nos­sa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, der­ruban­do a parede de sep­a­ração que esta­va no meio, 15 — Na sua carne des­fez a ini­mizade, isto é, a lei dos man­da­men­tos, que con­sis­tia em orde­nanças, para cri­ar em si mes­mo dos dois um novo homem, fazen­do a paz, 16 — E pela cruz rec­on­cil­iar ambos com Deus em um cor­po, matan­do com ela as ini­mizades. 17 — E, vin­do, ele evan­ge­li­zou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam per­to; (Efé­sios 2:11–17)

                Um dos mais belos exem­p­los cristãos de luta con­tra a guer­ra, con­tra o ódio, a mágoa, e em favor da paz, encon­tramos na África do Sul:

Releve tudo (Man­dela e Desmond Tutu)

                O apartheid (“sep­a­ração”) foi um regime de seg­re­gação racial ado­ta­do de 1948 a 1994 pelos suces­sivos gov­er­nos do Par­tido Nacional na África do Sul, no qual os dire­itos da grande maio­r­ia dos habi­tantes foram cercea­d­os pelo gov­er­no for­ma­do pela mino­ria branca.

               Em 2004 os sul-africanos cel­e­braram os 10 anos da tro­ca do gov­er­no que pôs fim ao apartheid e empos­sou africanos negros como gov­er­nantes do país. Todos havi­am pre­vis­to um ban­ho de sangue; já havi­am mor­ri­do 14.000 pes­soas em atos de vio­lên­cia ocor­ri­dos entre a data de soltura de Man­dela da prisão, em 1990, e sua eleição para a presidên­cia em 1994. Mas, para con­fusão dos espe­cial­is­tas, quan­do os negros assumi­ram o poder em 94, não implan­taram uma políti­ca de vin­gança. Na fes­ta dos 10 anos não hou­ve o der­ra­ma­men­to de sequer uma gota de sangue. Em vez dis­so, o pres­i­dente Man­dela fez pro­postas de paz à mino­ria bran­ca, e nomeou Desmond Tutu, um arce­bis­po protes­tante (angli­cano) para tratar das atro­ci­dades pas­sadas, não por meio de tri­bunais de justiça, mas, sim, através de uma ino­vado­ra Comis­são de Ver­dade e Rec­on­cil­i­ação, que per­mi­tiria que a nação per­doasse sem esquecer.

                Bill Clin­ton rela­tou uma con­ver­sa que teve com Nel­son Man­dela: “Você real­mente não os odi­ou por aqui­lo que eles fiz­er­am?”. Man­dela respon­deu: “Ah, sim, eu os odiei por muito tem­po. Na prisão, eu que­bra­va pedras todos os dias, man­ten­do-me vivo, ali­men­tan­do-me de ódio. Eles me tiraram muitas coisas. Sep­a­raram-me de min­ha mul­her, e isso depois destru­iu meu casa­men­to. Eles me pri­varam de ver meus fil­hos crescerem. Abusaram de mim físi­ca e men­tal­mente. E um dia eu perce­bi que pode­ri­am me tirar tudo, exce­to o coração e a mente. Essas duas coisas eu teria de entregá-las a eles, e deci­di que sim­ples­mente não as entregaria”.

                 Clin­ton o pres­sio­nou: “Bem, e o que acon­te­ceu no dia em que você saiu da prisão? Eu acordei min­ha fil­ha Chelsea e, pela tele­visão, vimos você cam­in­han­do pela estra­da de ter­ra. Você não os odi­a­va naque­le momento?”

                 Man­dela disse: “Quan­do sen­ti a rai­va crescer, pen­sei: ‘Eles já pren­der­am você por 27 anos. E se você con­tin­uar a odiá-los, vão prendê-lo de novo’. Eu disse: ‘Quero ser livre!’. E assim relevei tudo. Eu relevei (não lev­ei mais em con­ta) tudo”.

               A cam­pan­ha “Releve tudo”, lid­er­a­da por Man­dela e por Desmond Tutu é a mais pura expressão do Evan­gel­ho da Paz. Quem foi sal­vo foi sal­vo para ser um fil­ho da paz, um pro­mo­tor da paz, um per­doador. Essa é uma das alianças que Deus fez conosco.

Con­clusão

                  Vence­dores com Cristo sobre toda a obra do dia­bo, chama­dos a viv­er em paz com todos os home­ns e com Deus. Lem­bre­mo-nos que, por mais doloroso o fer­i­men­to no cal­can­har, foi-nos dado o poder de pis­ar­mos a cabeça do mal. Nos­sa relação não pos­sui igual­dade de forças; em Cristo, é desigual, e nos­so inimi­go será final­mente destruí­do. Mas lem­bre­mos: nos­sa luta não é jamais con­tra seres humanos. Às pes­soas damos amor, perdão, rec­on­cil­i­ação. Que Deus nos abençoe.

Intro­dução

            Graças a Deus, por enquan­to nós, brasileiros, não sabe­mos o que é uma tem­pes­tade trop­i­cal gan­har força e se trans­for­mar num furacão. Em 1992, na tem­po­ra­da de furacões do oceano atlân­ti­co, o furacão Andrew cau­sou um pre­juí­zo de 38,9 bil­hões de dólares, atingin­do des­de o norte das Bahamas até o sul do esta­do da Flóri­da. Os ven­tos chegaram a 278 km/h. Hou­ve 65 mortes. O furacão destru­iu ou dan­i­fi­cou seri­amente 117 mil casas.
            Mas acon­te­ceu algo estran­ho, que virou notí­cia na rede de TV CNN: numa das áreas dev­as­tadas, 27 casas se man­tiver­am orgul­hosa­mente de pé, intac­tas, em meio a um monte de móveis que­bra­dos, peças de ban­heiro e out­ros detri­tos de imóveis.
          Todas as 27 casas havi­am sido con­struí­das por uma enti­dade chama­da “Habi­tat para a Humanidade”. Essa enti­dade foi fun­da­da por um advo­ga­do, um matu­to do Alaba­ma chama­do Mil­lard Fuller. Na época ele era o pres­i­dente da organização.
          Um repórter da CNN, que voara para cobrir os danos cau­sa­dos pelo furacão Andrew, entre­vis­tou o sen­hor Fuller diante da câmera: “Como o sen­hor pode explicar esse fenô­meno? As casas da Habi­tat são as úni­cas que con­tin­u­am de pé!”
          O sr. Fuller ficou muito feliz de falar num micro­fone, e respon­deu em seu sotaque matu­to: “Em primeiro lugar, como uma orga­ni­za­ção cristã, con­struí­mos casas sobre a rocha!”. O repórter olhou para ele sem enten­der nada, como se o matu­to falasse noutra lín­gua. E o entre­vis­ta­do con­tin­u­ou: “Em segun­do lugar, colo­camos amor na arga­mas­sa. E, final­mente, você pre­cisa enten­der que as casas foram con­struí­das por amadores. Os carpin­teiros profis­sion­ais usam um prego a cada 20 cen­tímet­ros. Nos­sos vol­un­tários usam um prego a cada 2 cen­tímet­ros – nem mes­mo o furacão Andrew pode der­rubar uma casa con­struí­da desse jeito!”.

1 – Con­stru­ir sobre a rocha

             O pres­i­dente da orga­ni­za­ção Habi­tat para a Humanidade disse: “Em primeiro lugar, como uma orga­ni­za­ção cristã, con­struí­mos casas sobre a rocha!”. Ele se refe­ria ao final do Ser­mão do Monte, quan­do Jesus disse:
24 — Quem ouve ess­es meus ensi­na­men­tos e vive de acor­do com eles é como um homem sábio que con­stru­iu a sua casa na rocha. 25 Caiu a chu­va, vier­am as enchentes, e o ven­to soprou com força con­tra aque­la casa. Porém ela não caiu porque havia sido con­struí­da na rocha. 26 — Quem ouve ess­es meus ensi­na­men­tos e não vive de acor­do com eles é como um homem sem juí­zo que con­stru­iu a sua casa na areia. 27 Caiu a chu­va, vier­am as enchentes, e o ven­to soprou com força con­tra aque­la casa. Ela caiu e ficou total­mente destruí­da. (Mateus 7)
              Cos­tumeira­mente após ler essas palavras pen­samos no seguinte: con­stru­ir sobre a rocha é basear a vida em Cristo. Isso é bom, e até ver­dadeiro, mas aqui Jesus está sendo muito especí­fi­co. Todos tin­ham ouvi­do o Ser­mão do Monte. Alguns colo­cari­am aque­les ensi­na­men­tos em práti­ca – e isso é con­stru­ir sobre a Rocha; out­ros con­tin­uar­i­am levan­do a mes­ma vida de antes – e isso é con­stru­ir sobre a areia. Mas à primeira vista não have­ria difer­ença. Pode­ria ser até o mes­mo con­stru­tor, fazen­do as casas uma do lado da out­ra. Os moradores por um tem­po usufruiri­am das casas, com­e­ri­am e dormiri­am den­tro delas com alegria.
              A difer­ença entre uma e out­ra casa só apare­ce­ria na hora da aflição. Na nos­sa história ini­cial, só quan­do o furacão Andrew pas­sasse. Ou seja: somente o fogo da aflição é que pro­va a qual­i­dade da nos­sa fé. Até que sopre o ven­to e caia a tem­pes­tade, todas as casas (pes­soas) são iguais; somente a tem­pes­tade dirá qual alma, qual mente, qual coração, qual vida tem um bom fun­da­men­to e qual não tem.

2 – Qual­i­dade e util­i­dade da fé

             No ser­mão do monte, então, Jesus vem alter­ar nos­sos val­ores, ensi­nar-nos o cam­in­ho da fé genuí­na. Ou seja, o Ser­mão do Monte é uma preparação para as angús­tias e aflições. Pois fé é a vir­tude para a hora da aflição. Para que existe fé? Para se super­ar obstácu­los! Fé é essen­cial­mente para isso. Sejam con­fli­tos inter­nos do coração do homem, sejam con­fli­tos exter­nos como doenças ou quais­quer out­ros prob­le­mas. Fé existe para a hora da aflição, e somente a hora da aflição deixa claro se temos, ou não, fé genuína.

             Mas vamos definir o que é fé, de acor­do com Hebreus 11:1:

Ora, a fé é a certeza daqui­lo que esper­amos (e esper­amos a ação de Deus) e a pro­va das coisas que não vemos (ou seja, a fé é aque­la certeza que diz: eu con­fio em Deus, e aqui­lo que ain­da não existe pas­sará a exi­s­tir, aqui­lo que não está acon­te­cen­do pas­sará a acon­te­cer, aqui­lo que não é pas­sará a ser).
          E a primeira ver­dade que Jesus irá nos rev­e­lar é a de que a hora da aflição é uma hora de bênção, se for rece­bi­da com fé.

            Jesus irá romper com o con­ceito de que só tem a bênção de Deus quem já super­ou a aflição. Ele vai dizer:
Quão abençoa­d­os são os pobres em espíri­to, aque­les que sabem que são espir­i­tual­mente pobres! Quão abençoa­d­os os que choram! Quão abençoa­d­os os que têm fome e sede de justiça! Quão abençoa­d­os são os persegui­dos por procu­rarem praticar a justiça!
         O pen­sa­men­to humano nat­ur­al dirá: coita­dos, coitad­in­hos, pobres dos que sabem que são espir­i­tual­mente pobres, coita­dos dos que choram, pobrez­in­hos dos que têm fome e sede de justiça, coita­dos dos que são persegui­dos por prati­carem a justiça.
          Para Jesus, essa é a for­ma erra­da de ver a vida. Para o Mestre, se na hora da aflição bril­har a fé, o crente estará crescen­do em obe­diên­cia, e acu­mu­lan­do riquezas, rec­om­pen­sa e hon­ra no céu, por toda a eternidade.
            Quero lhes con­tar dois fatos reais que são exem­p­los de fé, essa vir­tude que existe para a hora da aflição:
         Na comu­nista Chi­na, um pas­tor ficou pre­so por 5 anos. Quan­do soube que sua mul­her esta­va fican­do cega, assi­nou um papel renun­cian­do sua fé para poder ficar ao lado dela. Mas pouco tem­po depois ele se sen­tiu tão cul­pa­do que con­fes­sou às autori­dades a fal­si­dade de sua declar­ação. As autori­dades ime­di­ata­mente o pren­der­am para cumprir uma pena adi­cional de 30 anos.
          Um cristão amer­i­cano per­gun­tou a cristãos chi­ne­ses: Vocês oram pedin­do uma mudança de gov­er­no? Eles respon­der­am: Não! Pres­supo­mos que sem­pre haverá perseguições; ped­i­mos a força para suportá-las.
          A fé existe essen­cial­mente para a aflição. Por­tan­to, se quer­e­mos crescer na relação com Deus, ter­e­mos de olhar com ale­gria para a hora da aflição. Ela é o nos­so tram­polim na relação com Deus, o meio pelo qual cresce­mos em con­fi­ança e mila­gres, e a nos­sa chance de acu­mu­la­rmos riquezas no céu.
           Pode pare­cer lou­cu­ra o que lhes estou dizen­do nes­ta hora. E eu ten­ho certeza que foi exata­mente isso que o públi­co de Jesus pen­sou quan­do Ele, no final das bem aven­tu­ranças, disse: Bem-aven­tu­ra­dos serão vocês quan­do, por min­ha causa, os insultarem, os perseguirem e lev­antarem todo tipo de calú­nia con­tra vocês. 12 Ale­grem-se e regoz­i­jem-se, porque grande é a sua rec­om­pen­sa nos céus, pois da mes­ma for­ma perseguiram os pro­fe­tas que viver­am antes de vocês. (Mateus 5)
            O após­to­lo Paulo com­preen­deu essa ver­dade poderosa quan­do escreveu aos coríntios:
16 — Por isso não des­fale­ce­mos; mas, ain­da que o nos­so homem exte­ri­or se cor­rompa, o inte­ri­or, con­tu­do, se ren­o­va de dia em dia. 17 — Porque a nos­sa leve e momen­tânea tribu­lação pro­duz para nós um peso eter­no de glória mui exce­lente; 18 — Não aten­tan­do nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são tem­po­rais, e as que se não vêem são eter­nas. (II Corín­tios 4:16–18)

             Aos romanos, escreve o apóstolo:

Por­tan­to, pelo fato de ser­mos con­sid­er­a­dos jus­tos diante de Deus por causa de nos­sa con­fi­ança, con­tin­u­amos a ter paz com Deus por meio de nos­so Sen­hor Jesus, o Mes­sias. Tam­bém por meio dele, e com base em nos­sa con­fi­ança, obtive­mos aces­so à sua graça, na qual per­manece­mos; dessa for­ma, ale­gre­mo-nos com a esper­ança de exper­i­men­tar a glória de Deus. Mas não ape­nas isso: ale­gre­mo-nos tam­bém por nos­sas difi­cul­dades, porque sabe­mos que as difi­cul­dades pro­duzem resistên­cia, resistên­cia pro­duz caráter, e caráter pro­duz esper­ança; (Romanos 5:1–4)

              Pas­sar pelas difi­cul­dades cren­do em Cristo, encará-las com ale­gria pela chance de crescer em fé, e acu­mu­lar tesouros no céu, tam­bém nos dá a hon­ra de crescer­mos em obe­diên­cia. Quem mais cresce em fé, mais obedece.

              Vejamos o que a Bíblia nos diz a respeito de Cristo e sua fé:

Ele foi rejeita­do e despreza­do por todos; ele supor­tou dores e sofri­men­tos sem fim. Era como alguém que não quer­e­mos ver; nós nem mes­mo olhá­va­mos para ele e o desprezá­va­mos. (Isaías 53:3)

              E ainda:

Durante a vida de Jesus na ter­ra, ele ofer­e­ceu orações e súpli­cas, cla­man­do e der­ra­man­do lágri­mas, àquele que tin­ha o poder de livrá-lo da morte; ele foi ouvi­do por causa de sua piedade. Emb­o­ra fos­se o Fil­ho, apren­deu a obe­de­cer por meio dos sofri­men­tos. E, depois de ter alcança­do seu alvo, tornou-se a fonte da lib­er­tação eter­na para todos os que lhe obe­de­cem. (Hebreus 5:7–9)

               É em meio às angús­tias é que fica mais evi­dente o quan­to Deus é bom, e isso nos faz crescer em obe­diên­cia. Com o tem­po, os pequenos desafios de fé dão lugar aos grandes desafios. A. W. Toz­er dizia que “todo peca­do começa com a descon­fi­ança de que Deus não é bom”. A par­tir daí deve­mos enten­der que: SOMENTE UM OLHAR POSITIVO ACERCA DAS AFLIÇÕES, ENTENDO-AS COMO O QUE ELAS REALMENTE SÃO (UMA OPORTUNIDADE DE CRESCER EM FÉ E OBEDIÊNCIA) PODE ME FAZER VENCER O PECADO.
               Mas, ouça, Cristo não apren­deu a obe­diên­cia ape­nas por meio de suas aflições pes­soais, como a perseguição que sofria. Ele apren­deu a obe­diên­cia por meio de sua inter­ação com as aflições dos out­ros. Aqui há uma ver­dade poderosa:
1 – O cristão que socorre os afli­tos e os per­di­dos é quem mais se enche de fé e obe­diên­cia. Aque­le que luta pelo seu próx­i­mo verá mila­gres nos out­ros, mila­gres sem medi­da. Será bênção para out­ros, crescerá em fé e verá mila­gres em si mesmo.

É isto mes­mo o que diz o Salmo 112:5 e 9: Feliz é o mis­eri­cor­dioso e empresta­dor, que con­duz seus afaz­eres com retidão, porque nun­ca será abal­a­do. Ele dis­tribui gen­erosa­mente, dá ao pobre; sua justiça per­manece para sem­pre. Seu poder crescerá em honra.

2 – Uma visão neg­a­ti­va na hora da angús­tia terá efeito inver­so: pro­duzirá o aumen­to da incredul­i­dade e a diminuição da obe­diên­cia (isto é, o aumen­to do pecado).

Olhe para Israel no deser­to. Quan­do fal­tou carne, ape­nas duvi­daram do cuida­do de Deus e da autori­dade de Moisés. Por causa dis­so muitos morreram.

O que você diz diante da doença? Ah! Deus é que sabe! Se Ele quis­er me curar, que Ele me cure…? Recen­te­mente fui acometi­do de uma neu­ro­der­matite, uma doença chama­da Líquen Plano. No iní­cio eu esta­va pas­si­vo diante dela. Para ser sin­cero, eu esta­va até gostan­do da ideia de ela evoluir para algo pior e eu mor­rer e me encon­trar com Cristo. Não ten­ho qual­quer medo da morte des­de 7 de janeiro de 1990, o dia em que pela primeira vez fui cheio do Espíri­to Santo.

Enquan­to eu esta­va pas­si­vo, a doença só avança­va. Um dia, porém, eu esta­va regan­do a gra­ma, e vi o efeito da água e da luz do sol nas min­has per­nas: as feri­das estavam hor­ríveis; min­ha carne esta­va apo­drecen­do vivo. Eu fechei a mangueira, fui para o meu quar­to, chor­ei e disse: “Sen­hor, cura-me. Eu não pos­so mor­rer ago­ra. Pre­ciso cuidar de min­ha esposa, meus 4 fil­hos e min­ha igre­ja. Cura-me!”. Des­de então, nen­hu­ma nova feri­da surgiu, e todas as que havia secaram.
Ago­ra veja: porque eu pude olhar para a doença como uma chance de ver um mila­gre, hoje pos­so, com fé ain­da maior, entre­gar cura a você, em nome de Jesus.

3 – Muitas vezes, a opor­tu­nidade que out­ros têm, na hora da aflição, de crescerem em fé e obe­diên­cia, depen­derá daque­les que um dia con­hece­r­am a ver­dade de que Jesus sal­va, de que Jesus cura, de que Jesus restau­ra, de que Jesus lib­er­ta. A ver­dade não poderá ser guarda­da, mas com­par­til­ha­da. Os cristãos, a Igre­ja pre­cisa chegar onde estão os que sofrem, para que eles cresçam em fé e obe­diên­cia a Jesus Cristo.

             Os cristãos são como a telin­ha peque­na, no can­to infe­ri­or da tela de TV. Vou con­tar a história:
           Um dos país­es que com­pun­ha a anti­ga URSS era a Ucrâ­nia. Quan­do o comu­nis­mo caiu, a Ucrâ­nia tam­bém teve suas eleições pres­i­den­ci­ais. Vic­tor Yushchenko propôs uma refor­ma e se can­dida­tou à presidên­cia, desafian­do o par­tido no poder. O homem quase foi mor­to num mis­te­rioso enve­ne­na­men­to com diox­i­na TCDD, a mais tóx­i­ca diox­i­na con­heci­da, e teve seu ros­to incha­do e mar­ca­do defin­i­ti­va­mente. Mes­mo assim ele con­tin­u­ou na dis­pu­ta eleitoral. No dia da eleição, os resul­ta­dos da votação o colo­cavam 10 pon­tos per­centu­ais na frente! Mas por meio de uma fraude evi­dente o gov­er­no con­seguiu revert­er os resultados.

           O canal de TV do gov­er­no anun­ciou: “Sen­ho­ras e sen­hores, infor­mamos que o can­dida­to da oposição Vic­tor Yushchenko foi inques­tion­avel­mente derrotado”.

          Todavia as autori­dades gov­er­na­men­tais não havi­am lev­a­do em con­ta uma car­ac­terís­ti­ca da TV ucra­ni­ana: a tradução que ela ofer­ece para defi­cientes audi­tivos. Na telin­ha peque­na, no can­to infe­ri­or da tela de TV, uma mul­her cora­josa, Natalia Dmitruk, fil­ha de pais sur­dos, trans­mi­tiu uma men­sagem diver­gente, na lín­gua de sinais: “Eu estou me dirigin­do a todos os cidadãos sur­dos da Ucrâ­nia. Não acred­item no que eles (as autori­dades) dizem. Estão mentin­do, e eu estou enver­gonha­da de traduzir essas men­ti­ras. Yushchenko é nos­so presidente!”

           Por causa da cor­agem da tradu­to­ra Natalia Dmitruk, cidadãos sur­dos fiz­er­am a chama­da Rev­olução Laran­ja (A cor laran­ja foi ado­ta­da pelos protes­tantes como a cor ofi­cial do movi­men­to por ter sido a cor da cam­pan­ha eleitoral do prin­ci­pal can­dida­to da oposição, Vik­tor Yushchenko). Usan­do seus celu­lares, eles enviaram tor­pe­dos a seus ami­gos sobre a fraude eleitoral, e logo out­ros jor­nal­is­tas, inspi­ra­dos pelo gesto desafi­ador de Dmitruk cri­aram cor­agem e, semel­hante­mente a ela, recusaram-se a trans­mi­tir a men­ti­ra do gov­er­no. Em algu­mas sem­anas, cer­ca de 1 mil­hão de pes­soas vesti­das de laran­ja inun­dou a cap­i­tal Kiev, exigin­do novas eleições, e Yushchenko emergiu como indis­cutív­el vencedor.
            A Igre­ja de Jesus é como Natalya Dmitruk, na telin­ha peque­na, dizen­do o con­trário do que a mente nat­ur­al e o sis­tema deste mun­do dizem: os prob­le­mas e as tragé­dias são pro­va de que Deus não existe ou se esque­ceu da humanidade! Não! Os prob­le­mas são uma opor­tu­nidade real de exper­i­men­ta­r­mos o cresci­men­to da fé e da obe­diên­cia a um Deus bon­doso (como dito na canção “Deus bon­doso”!). A Igre­ja levará socor­ro, e rev­e­lará Deus aos homens!

Con­clusão

             Que o nos­so coração seja gra­to a Deus pelas difi­cul­dades. Que elas sejam vis­tas por nós como grandes opor­tu­nidades de cresci­men­to em fé, caráter e, con­se­quente­mente, em obe­diên­cia a Deus. Jamais as difi­cul­dades sir­vam para diminuição da fé e da obe­diên­cia. E que, por meio de nós hoje, inúmeras pes­soas que sofrem des­cubram quão amoroso é o Deus que sal­va, cura, lib­er­ta e provê. Amém.

Intro­dução

             Arun Gand­hi é fil­ho de Mani­lal, o qual por sua vez era fil­ho de Mahat­ma Gand­hi, o grande paci­fista que lutou pela inde­pendên­cia da Índia do poder inglês. Mani­lal foi um grande homem. Philip Yancey nos con­ta que o pai de Arun foi um herói na luta con­tra o apartheid (a políti­ca de repressão aos negros que se man­teve por décadas na África do Sul). Foi um ativista que pas­sou catorze anos na prisão. 

             Cer­to dia, logo depois que o jovem Arun con­seguira sua carteira de motorista, ele con­duz­iu seu pai de car­ro até Johan­nes­bur­go, a cap­i­tal, com­bi­nan­do encon­trar-se com ele a deter­mi­na­da hora. Nesse meio tem­po, Arun foi a uma sessão dupla de cin­e­ma, o que o fez se atrasar para o encon­tro mar­ca­do com Mani­lal. Em vez de diz­er a ver­dade para explicar o atra­so, Arun inven­tou uma história que o pai sabia ser mentirosa.

             Quan­do eles deixaram Johan­nes­bur­go e chegaram à estra­da no cam­po, o pai pediu que Arun parasse o car­ro, e disse: “Estou pro­fun­da­mente per­tur­ba­do. O que pode­ria levar meu fil­ho a men­tir para mim? Pre­ciso refle­tir sobre isso.”. Dali em diante, o pai per­cor­reu a pé todo o restante do cam­in­ho até a casa, e Arun foi dirigin­do o car­ro atrás dele para alu­mi­ar a estra­da. Durante seis horas Arun dirigiu atrás de seu pai, nun­ca ultra­pas­san­do a veloci­dade de 6 km/h.

             Philip Yancey ouviu pes­soal­mente de Arun Gand­hi essa história, e disse: “Caram­ba! Que exper­iên­cia de cul­pa seu pai lhe impôs.”. A reação foi ime­di­a­ta: “Nada dis­so! Você não con­hece meu pai. Meu pai foi um grande homem. Mais do que tudo eu que­ria agradar a meu pai, crescer para ser como ele. Meu pai foi total­mente sin­cero quan­do se per­gun­tou como ele havia erra­do. E, quan­to a mim, apren­di uma lição muito impor­tante. Des­de aque­le dia nun­ca mais con­tei uma men­ti­ra”. Yancey encer­ra o rela­to afir­man­do que, em out­ras palavras, Arun procurou viv­er como um fil­ho dig­no de seu pai.

             No caso de um pai jus­to, esse modo dig­no deve ser enten­di­do como modo de ser semelhante.

             O que Mani­lal Gand­hi esper­a­va era que seu fil­ho fos­se ao menos tão ver­dadeiro quan­to ele. Todo bom pai quer­erá que seus fil­hos tam­bém man­i­festem as vir­tudes que ele possui.

1 – Deus tem expec­ta­ti­vas quan­to a seus filhos 

             Muito mais do que ordens frias, pare­ce­mos encon­trar o mes­mo tipo de expec­ta­ti­va pater­na em palavras como:

* “Eu, porém, vos digo: Amai a vos­sos inimi­gos, ben­dizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos mal­tratam e vos perseguem; para que sejais fil­hos do vos­so Pai que está nos céus;” (Mateus 5:44) 
* “Fazei todas as coisas sem mur­mu­rações nem con­tendas; Para que sejais irrepreen­síveis e sin­ceros, fil­hos de Deus inculpáveis, no meio de uma ger­ação cor­romp­i­da e per­ver­sa, entre a qual res­p­lan­de­ceis como astros no mun­do;” (Fil­ipens­es 2:14–15)
* “Por­tan­to, se o teu inimi­go tiv­er fome, dá-lhe de com­er; se tiv­er sede, dá-lhe de beber; porque, fazen­do isto, amon­toarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.” (Romanos 12:20)
* “Mas, como é san­to aque­le que vos chamou, sede vós tam­bém san­tos em toda a vos­sa maneira de viv­er; porquan­to está escrito: Sede san­tos, porque eu sou san­to.” (I Pedro 1:15–16)

           Ess­es e muitos out­ros tex­tos em que somos chama­dos à san­ti­dade, à gratidão e ao amor são expressões do grande anseio de Deus: fil­hos que pareçam com o Pai.

          Nes­sas férias Deus nos falou pro­fun­da­mente sobre a neces­si­dade de não guardar­mos no coração coisa algu­ma que nos cause sofri­men­to. Pre­cisamos pô-las para fora; pre­cisamos ser lava­dos; pre­cisamos resolver tudo o que está pen­dente. Não podemos ficar car­regan­do nen­hum far­do que seja algo além do far­do suave e leve que Cristo nos dá. O mal não pode nun­ca ficar sendo vivi­do ou ficar cau­san­do dor em qual­quer parte deste plan­e­ta, nem mes­mo ape­nas em nos­sos pensamentos.

        Os fil­hos de Deus são con­vi­da­dos a se afastarem de toda imoral­i­dade, dis­cussões e intri­gas, recla­mações e ingratidão. Além dis­so, são con­vi­da­dos a servir com amor, falar bem, orar por aque­les que lhes fazem mal. É uma pos­tu­ra rad­i­cal, que nem se baseia nas ações do out­ro nem nas nos­sas vir­tudes pes­soais, mas que é exclu­si­va­mente basea­da no caráter de Deus.

        Como pub­li­camos em 17/01/2015, no Face, “Esta­mos todos diante da cruz. Pro­mo­tores da paz e calu­ni­adores, ressen­ti­dos e per­doadores, cul­pa­dos e restau­ra­dos. Jun­tos, com uma sutil difer­ença: uns lhe damos as costas; out­ros, o coração”.

          O Evan­gel­ho é amor incondi­cional e perdão do iní­cio ao fim! E o Evan­gel­ho não pode ser pos­to a perder por causa do nos­so coração dado ao desamor. E o que é o Evan­gel­ho senão a boa notí­cia de que Deus amou o mun­do e envi­ou seu úni­co Fil­ho para mor­rer em lugar dos pecadores? O Evan­gel­ho traz con­si­go uma lóg­i­ca per­tur­bado­ra: é a afir­mação de que nós fal­hamos em ser jus­tos, mas nem assim Deus desis­tiu de nos amar!

2 – O exem­p­lo de Cristo

         Na cruz temos uma frase que foi sendo dita não sabe­mos quan­tas vezes, e que resume o Evangelho:

        “E dizia (éle­gen – aoris­to do ver­bo “légo”, que sig­nifi­ca “diz­er”. Jesus ia dizen­do algo durante a paixão) Jesus: Pai, per­doa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartin­do as suas vestes, lançaram sortes.” (Lucas 23:34)

         Em grego, o ver­bo traduzi­do como “per­doa-lhes” é “afés”, que sig­nifi­ca “solteos; per­doe-os; deixe-os ir livres, sem cul­pa por esse delito”.

         A ideia no aoris­to é a de que Jesus vin­ha prat­i­can­do aque­la ação por diver­sas vezes durante a paixão. Ou seja:

• Quan­do rece­beu os açoites e depois o man­to que gru­dou no seu sangue, Jesus dizia: “Pai, perdoa-lhes”.
• Quan­do a coroa foi crava­da em sua cabeça, Jesus dizia: “Pai, perdoa-lhes”.
• Quan­do os cravos atrav­es­saram suas mãos, Jesus dizia: “Pai, perdoa-lhes”.
• Quan­do seus pés foram atrav­es­sa­dos, ele dizia: “Pai, perdoa-lhes”.
• Enquan­to zom­bavam dele e diziam: “Desce daí!”, ele dizia: “Pai, perdoa-lhes”!

       O Sen­hor Jesus cumpriu inte­gral­mente o que diz o últi­mo ver­so do capí­tu­lo 53 da pro­fe­cia de Isaías: “Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repar­tirá ele o despo­jo; porquan­to der­ra­mou a sua alma na morte, e foi con­ta­do com os trans­gres­sores; mas ele lev­ou sobre si o peca­do de muitos, e inter­cedeu pelos trans­gres­sores” (vs. 12).

         Hoje, Deus, o Pai, olha para nós, e diz: essa é a Igre­ja que espero encon­trar; ess­es são os fil­hos que espero ver. É assim que eu os quero: inter­ces­sores dos que transgridem.

3 – Cris­tian­is­mo: perdão e amor na luta con­tra o mal

         Em 16 de abril de 2007, um estu­dante core­ano per­tur­ba­do, chama­do Seung- Hei Cho tran­cou com cor­rentes as por­tas de um pavil­hão de salas de aula, o Nor­ris Hall, da Uni­ver­si­dade Virgí­nia Tech, na cidade de Blacks­burg, esta­do de Virgí­nia, EUA. Cho dis­parou 174 tiros con­tra pro­fes­sore e alunos, indo sis­tem­ati­ca­mente de sala em sala, e reser­vou o últi­mo tiro para si. Ao todo, 33 mortes (5 pro­fes­sores, e 28 estu­dantes, incluin­do o próprio atirador). 

         Depois da tragé­dia, debaixo de uma das 33 pedras de um dos memo­ri­ais que foram lev­an­ta­dos no Cam­pus da Uni­ver­si­dade havia um bil­hete endereça­do a Seung, que dizia o seguinte:

Min­ha inocên­cia é min­ha sobre a cruz, e você não pode tê-la.
Você não terá ago­ra e não terá jamais poder sobre mim.
A ver­dade é que sin­to fal­ta de você.
Eu gostaria de ter podi­do mostrar-lhe o amor, a paixão, a ver­dade de Deus.
Isso me libertou. 
Eu não fui capaz de com­preen­der você. Sin­to muito. 

        Por meio da CNN, da Fox, e de out­ros canais, a igre­ja cau­sou grande impacto. Um pas­tor de jovens da Igre­ja Vida Nova, chama­do Matt Rogers perdeu 9 jovens de sua igre­ja naque­le mas­sacre. A lid­er­ança de sua igre­ja pas­sou a seguinte men­sagem: “O mun­do inteiro está ouvin­do. Não rea­jam com ódio ou amar­gor, não acres­cen­tem mais dor a essa penosa situ­ação. Sigam a nor­ma de Paulo em Romanos 12: ‘Não se deix­em vencer do mal, mas vençam o mal com o bem’”.

        Todo mal pode ser red­imi­do. De toda tragé­dia Deus pode extrair o bem. Até mes­mo do assas­si­na­to de alguém tão san­to como Jesus Cristo. Deus não pôde livrar aque­le inocente, mes­mo sendo seu próprio Fil­ho Úni­co. Mas Deus tirou muitos bene­fí­cios daque­la tragé­dia em nos­so favor. Ele prom­e­teu ren­o­var todas as coisas. Nada será irredimível. 

        A você que car­rega dores, Deus lhe con­vi­da ao perdão e ao amor, na certeza de que, como disse Tolkien, existe “uma ale­gria além dos muros do mun­do, mais pun­gente (mais forte e pro­fun­da) que a dor”.

        O con­vite de Deus ao amor incondi­cional e ao perdão, inspi­ra­dos na cruz de Cristo, lev­am-nos a uma ver­dade necessária:

        Somente aque­les que foram con­so­la­dos podem con­so­lar. Somente aque­les que foram lava­dos podem lavar. E somente aque­les que enten­dem que tiver­am de ser per­doa­d­os podem perdoar.

         3 Ben­di­to seja o Deus e Pai de nos­so Sen­hor Jesus Cristo, o Pai das mis­er­icór­dias e o Deus de toda a con­so­lação; 4 Que nos con­so­la em toda a nos­sa tribu­lação, para que tam­bém pos­samos con­so­lar os que estiverem em algu­ma tribu­lação, com a con­so­lação com que nós mes­mos somos con­so­la­dos por Deus. 5 Porque, como as aflições de Cristo são abun­dantes em nós, assim tam­bém é abun­dante a nos­sa con­so­lação por meio de Cristo. (2ª Co 1)

         Deus nos abençoe grande­mente. Que nos­sos corações sigam o exem­p­lo do Mestre, e nos­so amor e perdão sejam gra­tu­itos, con­stantes, incondi­cionais, para que sejamos fil­hos do Pai Celeste. Amém.

“Oh, irmão! Ora! Ape­sar de Satanás, ora. Gas­ta horas em oração. É prefer­ív­el esque­cer- se dos ami­gos que da oração. É mel­hor jejuar e perder o café da man­hã, o almoço, o chá da tarde, o jan­tar, o sono, do que deixar de orar. Não deve­mos falar sobre oração; deve­mos orar com veemên­cia! O Sen­hor está per­to. Ele vem cal­ada­mente enquan­to as vir­gens dormem” (Leonard Ravenhill).

Em uma clara alusão ao tem­po do fim, ao tem­po que ante­cede a segun­da vin­da de Cristo, a Escrit­u­ra diz: “E muitos dos que dormem no pó da ter­ra ressus­ci­tarão, uns para a vida eter­na e out­ros para ver­gonha e despre­zo eter­no” (Daniel 12:2). À primeira vista esse tex­to parece referir-se à ressur­reição dos mor­tos, mas o próprio tex­to, seu con­tex­to e a dout­ri­na bíbli­ca como um todo nos dizem algo diferente:

1.Os tex­tos bíbli­cos que se ref­er­em à ressur­reição físi­ca não falam de “alguns”, nem sequer de “muitos”, mas de todos. Porém o anjo declara a Daniel que “muitos” ressuscitarão.

a) Todos os salvos ressus­ci­tarão para a vida eter­na: 14 — Porque, se cre­mos que Jesus mor­reu e ressus­ci­tou, assim tam­bém aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a traz­er com ele. 15 — Dize­mo-vos, pois, isto, pela palavra do Sen­hor: que nós, os que ficar­mos vivos para a vin­da do Sen­hor, não pre­ced­er­e­mos os que dormem. 16 — Porque o mes­mo Sen­hor descerá do céu com alar­i­do, e com voz de arcan­jo, e com a trom­be­ta de Deus; e os que mor­reram em Cristo ressus­ci­tarão primeiro (1ª Tes­sa­loni­cens­es 4).

b) Todos os ímpios ressus­ci­tarão para a con­de­nação eterna:

I. Nas palavras de Cristo no Evan­gel­ho: E, se o teu olho te escan­dalizar, arranca‑o, e atira‑o para longe de ti; mel­hor te é entrar na vida com um só olho, do que, ten­do dois olhos, seres lança­do no fogo do infer­no (Mateus 18:9). Um dos ensi­nos que esse tex­to con­tém é: o mes­mo cor­po que, na ter­ra, foi inca­paz de glo­ri­ficar a Deus, será lança­do, ao fim, no juí­zo eterno.

II. Nas palavras de Cristo no Apoc­alipse: 4 — E vi tronos; e assen­taram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de jul­gar; e vi as almas daque­les que foram dego­la­dos pelo teste­munho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não ado­raram a besta, nem a sua imagem, e não rece­ber­am o sinal em suas tes­tas nem em suas mãos; e viver­am, e reinaram com Cristo durante mil anos. 5 — Mas os out­ros mor­tos não reviver­am, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressur­reição. 6 — Bem-aven­tu­ra­do e san­to aque­le que tem parte na primeira ressur­reição; sobre estes não tem poder a segun­da morte; mas serão sac­er­dotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos. 11 — E vi um grande trono bran­co, e o que esta­va assen­ta­do sobre ele, de cuja pre­sença fugiu a ter­ra e o céu; e não se achou lugar para eles. 12 — E vi os mor­tos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abri­ram-se os livros; e abriu-se out­ro livro, que é o da vida. E os mor­tos foram jul­ga­dos pelas coisas que estavam escritas nos livros, segun­do as suas obras. 13 — E deu o mar os mor­tos que nele havia; e a morte e o infer­no der­am os mor­tos que neles havia; e foram jul­ga­dos cada um segun­do as suas obras. 14 — E a morte e o infer­no foram lança­dos no lago de fogo. Esta é a segun­da morte. 15 — E aque­le que não foi acha­do escrito no livro da vida foi lança­do no lago de fogo (Apoc­alipse 20).

2 – A Palavra de Deus usa o ter­mo “ressur­reição” para falar de sal­vação ou avi­va­men­to, e não ape­nas para se referir à ressur­reição física.

Na pro­fe­cia de Oséias o Espíri­to San­to clara­mente com­para a ren­o­vação espir­i­tu­al de seu povo, isto é, o iní­cio do avi­va­men­to, com o mila­gre da ressur­reição: 1 — Vin­de, e tornemos ao Sen­hor, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a feri­da. 2 — Depois de dois dias nos dará a vida; ao ter­ceiro dia nos ressus­ci­tará, e viver­e­mos diante dele. 3 — Então con­heçamos, e prossig­amos em con­hecer ao Sen­hor; a sua saí­da, como a alva, é cer­ta; e ele a nós virá como a chu­va, como chu­va serô­dia que rega a ter­ra. 4 — Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó Judá? Porque a vos­sa benig­nidade é como a nuvem da man­hã e como o orval­ho da madru­ga­da, que cedo pas­sa. 5 — Por isso os abati pelos pro­fe­tas; pelas palavras da min­ha boca os matei; e os teus juí­zos sairão como a luz  (Oséias 6).

O mes­mo faz o após­to­lo Paulo, escreven­do aos Colossens­es: 1 — Por­tan­to, se já ressus­ci­tastes com Cristo, bus­cai as coisas que são de cima, onde Cristo está assen­ta­do à destra de Deus. 2 — Pen­sai nas coisas que são de cima, e não nas que são da ter­ra; 3 — Porque já estais mor­tos, e a vos­sa vida está escon­di­da com Cristo em Deus. 4 — Quan­do Cristo, que é a nos­sa vida, se man­i­fes­tar, então tam­bém vós vos man­i­festareis com ele em glória (Colosens­es 3).

3 – O con­tex­to e o próprio ver­sícu­lo 2 de Daniel 12 nos indicam o sen­ti­do real do texto.

2 — E muitos dos que dormem no pó da ter­ra ressus­ci­tarão, uns para vida eter­na (des­per­ta­men­to espir­i­tu­al para avi­va­men­to), e out­ros para ver­gonha e despre­zo eter­no (des­per­ta­men­to espir­i­tu­al para con­tra-avi­va­men­to). 3 — Os que forem sábios, pois, res­p­lan­de­cerão como o ful­gor do fir­ma­men­to; e os que a muitos ensi­nam a justiça, como as estre­las sem­pre e eter­na­mente. 4 — E tu, Daniel, encer­ra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tem­po; muitos cor­rerão de uma parte para out­ra, e o con­hec­i­men­to se mul­ti­pli­cará. 8 — Eu, pois, ouvi, mas não enten­di; por isso eu disse: Sen­hor meu, qual será o fim destas coisas? 9 — E ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tem­po do fim. 10 — Muitos serão purifi­ca­dos, e embran­que­ci­dos, e prova­dos; mas os ímpios pro­ced­erão impia­mente, e nen­hum dos ímpios enten­derá, mas os sábios enten­derão (Daniel 12).

Os ímpios não com­preen­derão que essa é uma das mar­cas do tem­po do fim: o apro­fun­da­men­to nas trevas. Per­to de 2500 anos após a rev­e­lação dada a Daniel, o Sen­hor disse a João: 10 — E disse-me: Não seles as palavras da pro­fe­cia deste livro; porque próx­i­mo está o tem­po. 11 — Quem é injus­to, faça injustiça ain­da; e quem está sujo, suje-se ain­da; e quem é jus­to, faça justiça ain­da; e quem é san­to, seja san­tifi­ca­do ain­da (Apoc­alipse 22).

Sendo assim, podemos esper­ar avi­va­men­to e con­tra-avi­va­men­to em nos­sos dias, con­forme pro­fe­ti­za­do. Este é um tem­po no qual o Espíri­to San­to quer nos traz­er rev­e­lações e der­ra­ma­men­tos nun­ca antes vistos.

Deve­mos lem­brar, entre­tan­to, que o avi­va­men­to não é:

1 – Algo que sem­pre começa onde nun­ca antes ten­ha ocor­ri­do. Ele pode se repetir.

O avi­va­men­to não tem a mar­ca obri­gatória de ocor­rer onde as pes­soas nun­ca ten­ham ouvi­do o Evan­gel­ho. Muitas vezes ele veio a povos que no pas­sa­do rejeitaram a rev­e­lação de Deus.

A Bíblia nos con­ta do grande avi­va­men­to sob a lid­er­ança espir­i­tu­al de Esdras, o escri­ba, em Neemias, dos capí­tu­los 8 a 10. Aque­le era um povo que se afas­tara tan­to de Deus que nem con­hecia leis ele­mentares como, por exem­p­lo, como se devia cel­e­brar a fes­ta dos tabernácu­los. Aque­le era um povo que não sabia fes­te­jar as fes­tas do Senhor.

O avi­va­men­to pode ser der­ra­ma­do sobre um povo cujos antepas­sa­dos foram endure­ci­dos pelo pecado.

2 – Algo que ven­ha sem muitas lágri­mas, lamen­tos e jejum.

O maior de todos os avi­va­men­tos da Bíblia se deu em Atos 2, no dia de Pen­te­costes. O con­tex­to que ante­cede ime­di­ata­mente a pro­fe­cia de Joel que se ref­ere a esse even­to nos diz:

              12 — Ain­da assim, ago­ra mes­mo diz o Sen­hor: Con­vertei-vos a mim de todo o vos­so coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pran­to. 13 — E ras­gai o vos­so coração, e não as vos­sas vestes, e con­vertei-vos ao Sen­hor vos­so Deus; porque ele é mis­eri­cor­dioso, e com­pas­si­vo, e tar­dio em irar-se, e grande em benig­nidade, e se arrepende do mal. 14 — Quem sabe se não se voltará e se arrepen­derá, e deixará após si uma bênção, em ofer­ta de ali­men­tos e libação para o Sen­hor vos­so Deus? 15 — Tocai a trom­be­ta em Sião, san­tifi­cai um jejum, con­vo­cai uma assem­bleia solene. 16 — Con­gre­gai o povo, san­tifi­cai a con­gre­gação, ajun­tai os anciãos, con­gre­gai as cri­anças, e os que mamam; saia o noi­vo da sua recâ­mara, e a noi­va do seu aposen­to. 17 — Chorem os sac­er­dotes, min­istros do Sen­hor, entre o alpen­dre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó Sen­hor, e não entregues a tua her­ança ao opróbrio, para que os gen­tios o dominem; porque diri­am entre os povos: Onde está o seu Deus? 18 — Então o Sen­hor se mostrou zeloso da sua ter­ra, e com­pade­ceu-se do seu povo. 19 — E o Sen­hor, respon­den­do, disse ao seu povo: Eis que vos envio o tri­go, e o mosto, e o azeite, e deles sereis far­tos, e vos não entre­garei mais ao opróbrio entre os gen­tios. 20 — Mas removerei para longe de vós o exérci­to do norte, e lançá-lo-ei em uma ter­ra seca e deser­ta; a sua frente para o mar ori­en­tal, e a sua reta­guar­da para o mar oci­den­tal; e subirá o seu mau cheiro, e subirá a sua podridão; porque fez grandes coisas. 21 — Não temas, ó ter­ra: regoz­i­ja-te e ale­gra-te, porque o Sen­hor fez grandes coisas. 22 — Não temais, ani­mais do cam­po, porque os pas­tos do deser­to reverde­cerão, porque o arvore­do dará o seu fru­to, a vide e a figueira darão a sua força. 23 — E vós, fil­hos de Sião, regoz­i­jai-vos e ale­grai-vos no Sen­hor vos­so Deus, porque ele vos dará em jus­ta medi­da a chu­va tem­porã; fará descer a chu­va no primeiro mês, a tem­porã e a serô­dia. 24 — E as eiras se encherão de tri­go, e os lagares trans­bor­darão de mosto e de azeite. 25 — E resti­tuir-vos-ei os anos que comeu o gafan­ho­to, a locus­ta, e o pul­gão e a lagar­ta, o meu grande exérci­to que enviei con­tra vós. 26 — E com­ereis abun­dan­te­mente e vos fartareis, e lou­vareis o nome do Sen­hor vos­so Deus, que pro­cedeu para con­vosco mar­avil­hosa­mente; e o meu povo nun­ca mais será enver­gonhado. 27 — E vós sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o Sen­hor vos­so Deus, e que não há out­ro; e o meu povo nun­ca mais será enver­gonhado (Joel 2).

As mul­heres da Bíblia que havi­am sido estéreis foram as que der­am à luz a alguns dos fil­hos mais nobres:

• Sara, estéril até os noven­ta anos, ger­ou Isaque.
• Raquel, cujo doloroso gri­to: “Dá-me fil­hos se não mor­ro!” foi aten­di­do, ger­ou a José, aque­le que livrou sua família inteira da morte.
• A mul­her de Manoá deu à luz a San­são, out­ro lib­er­ta­dor de seu povo.
• Ana, uma alma que­bran­ta­da, soluçan­do no san­tuário, fazen­do votos e con­tin­uan­do em oração, ignorou a reprovação de Eli, der­ra­mou sua alma e rece­beu sua respos­ta em Samuel, que veio a ser o pro­fe­ta de Israel.
• De Isabel, estéril por muitos anos, veio João Batista, de quem Jesus disse que não hou­ve maior pro­fe­ta, entre os nasci­dos de mulher.

Se a dor da ester­il­i­dade não se tivesse apoder­a­do dessas mul­heres, que home­ns poderosos a história teria deix­a­do de gan­har! O mes­mo ocorre com o avi­va­men­to. Deus não virá em glória se Ele não for total­mente dese­ja­do, bus­ca­do, ansiado!

Zinzen­dorf teve grande dor e ver­gonha pelo esta­do infrutífero e sem amor dos morávios. Foi der­reti­do e moti­va­do pelo Espíri­to San­to até que, repenti­na­mente, desceu o avi­va­men­to per­to das onze da man­hã, na quar­ta, dia 13 de agos­to de 1727. Assim começou o avi­va­men­to morávio, onde nasceu uma reunião de oração que durou cem anos. Daque­la reunião veio um movi­men­to mis­sionário que alcançou os con­fins da terra.

6 ELEMENTOS-CHAVE DO AVIVAMENTO

A. O Mensageiro

1 — E, naque­les dias, apare­ceu João o Batista pre­gan­do no deser­to da Judéia. 2 — E dizen­do: Arrepen­dei-vos, porque é chega­do o reino dos céus. 3 — Porque este é o anun­ci­a­do pelo pro­fe­ta Isaías, que disse: Voz do que cla­ma no deser­to: Preparai o cam­in­ho do Sen­hor, endi­re­itai as suas veredas (Mateus 3).

Antes do avi­va­men­to sem­pre há uma “voz”, como no exem­p­lo de João Batista antes da primeira vin­da do Sen­hor Jesus:

… Este é aque­le de quem falou o pro­fe­ta Isaías, quan­do disse: ‘Voz do que cla­ma no deser­to: Preparai o cam­in­ho do Sen­hor, endi­re­itai as suas veredas’ (Mateus 3:3).

Antes de cada grande avi­va­men­to do pas­sa­do Deus envi­ou os seus men­sageiros para prepararem o povo para a Sua vis­i­tação. Evan Roberts no País de Gales, Frank Bartle­man na Rua Azusa, Peg­gy e Chris­tine Smith (de 84 e 82 anos de idade) nas Ilhas Hébri­das, etc. …

Hoje Deus está lev­an­tan­do muitas vozes nes­ta nação!

B. A Busca

e de repente virá ao seu tem­p­lo o Sen­hor, a quem vós bus­cais; (Malaquias 3:1b)

 “O Sen­hor a quem bucais” não é “o Sen­hor que igno­rais” nem “o Sen­hor que virá se Ele quis­er!”. A respos­ta à voz do men­sageiro tem que ser a de bus­car­mos ao Sen­hor até que Ele cumpra a Sua promes­sa de vis­i­tação. Em nos­so con­tex­to, temos uma promes­sa poderosa, especí­fi­ca e inequívo­ca de avi­va­men­to: Deus nos deu o sinal pedi­do. Ele aten­deu de modo dire­to a oração especí­fi­ca por avi­va­men­to, fei­ta no dia 31-12-2013: como um sinal de que o avi­va­men­to viria, que a estéril gerasse antes do fim deste ano. Neste mês de novem­bro, a poucos dias do tér­mi­no de 2014, Ele fez a estéril Eliane Lubas, que esta­va jun­ta­mente com seu esposo Edson em nos­so cul­to da vira­da, engravi­dar após 4 anos de luta.

14 — E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humil­har, e orar, e bus­car a min­ha face e se con­vert­er dos seus maus cam­in­hos, então eu ouvirei dos céus, e per­doarei os seus peca­dos, e sararei a sua ter­ra. 15 — Ago­ra estarão aber­tos os meus olhos e aten­tos os meus ouvi­dos à oração deste lugar (2 Crôni­cas 7).

Temos o exem­p­lo de Daniel. Quan­do ele perce­beu que o tem­po para se cumprir a pro­fe­cia da restau­ração de Jerusalém tin­ha chega­do, começou a bus­car, a orar para que o Sen­hor cumprisse a promessa:

2 — No primeiro ano do seu reina­do, eu, Daniel, enten­di pelos livros que o número dos anos, de que falara o Sen­hor ao pro­fe­ta Jere­mias, em que havi­am de cumprir-se as des­o­lações de Jerusalém, era de seten­ta anos. 3 — E eu diri­gi o meu ros­to ao Sen­hor Deus, para o bus­car com oração e súpli­cas, com jejum, e saco e cin­za. 16 — Ó Sen­hor, segun­do todas as tuas justiças, aparte-se a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do teu san­to monte… (Daniel 9).

Estando eu ain­da falan­do e oran­do, e con­fes­san­do o meu peca­do, e o peca­do do meu povo Israel, e lançan­do a min­ha súpli­ca per­ante a face do Sen­hor, meu Deus, pelo monte san­to do meu Deus, estando eu, digo, ain­da falan­do na oração, o homem Gabriel, que eu tin­ha vis­to na min­ha visão ao princí­pio, veio voan­do rap­i­da­mente, e tocou-me à hora do sac­ri­fí­cio da tarde. (Daniel 9:20–21).

Quan­do ouvi­mos a voz do men­sageiro, pre­cisamos respon­der: “ven­ha o Teu reino, seja fei­ta a Tua von­tade, assim na ter­ra como no céu” (Mateus 6:10). Quan­do Deus avi­va a promes­sa pre­cisamos cla­mar apaixon­ada­mente pelo cumpri­men­to dela.

O avi­va­men­to do País de Gales foi lid­er­a­do por Evan Roberts, que orou des­de os 13 anos até os 26 anos de idade, por avi­va­men­to pes­soal e nacional. William Sey­mour, que lid­er­ou o Avi­va­men­to da Rua Azusa, esta­va oran­do cin­co horas por dia quan­do o Sen­hor falou que isso não era sufi­ciente e que ele pre­cisa­va orar sete horas por dia. Quan­do ele obe­de­ceu esta direção de Deus, o avi­va­men­to começou.

C. A Visitação

e de repente virá ao seu tem­p­lo o Sen­hor… (Malaquias 3:1b)

Mes­mo que o men­sageiro este­ja preparan­do o povo de Deus, o avi­va­men­to sem­pre virá “de repente”.

• De repente, no dia do ano novo de 1739, o Espíri­to caiu sobre John e Charles Wes­ley, George White­field e out­ros mem­bros do “Clube San­to”, começan­do o avi­va­men­to Wesleyano.

No dia do Ano Novo, 1739, John e Charles Wes­ley, George White­field e mais qua­tro mem­bros do Clube San­to fiz­er­am uma fes­ta de amor [san­ta ceia] em Lon­dres. ‘Cer­ca de três da man­hã, enquan­to está­va­mos oran­do, o poder de Deus caiu tremen­da­mente sobre nós, a tal pon­to que muitos gri­taram de ale­gria e out­ros caíram ao chão (ven­ci­dos pelo poder de Deus). Tão logo nos reco­bramos começamos a can­tar a uma voz: “Nós te lou­va­mos, ó Deus; Te recon­hece­mos como Sen­hor“ ‘. Este even­to foi chama­do de Pen­te­coste Metodista. A par­tir deste dia, um grande avi­va­men­to começou. Den­tro de um mês e meio, George White­field esta­va pre­gan­do para mul­ti­dões de mil­hares, com John Wes­ley fazen­do o mes­mo den­tro de três meses. Com ape­nas 22 anos de idade, White­field começou a pre­gar ao ar livre.

As mul­ti­dões aumen­tavam diari­a­mente, até chegarem a vinte mil ouvintes. Os mais ricos ficavam sen­ta­dos em seus coches e out­ros em seus cav­a­l­os. Alguns sen­tavam nas árvores, e em toda parte o povo se reu­nia para ouvir White­field pre­gar. Todos eram às vezes lev­a­dos a chorar, con­forme o Espíri­to de Deus descia sobre eles.

• De repente, no dia 31 de out­ubro de 1904, depois de ter tido uma visão no dia ante­ri­or, Evan Roberts reuniu os jovens da sua igre­ja local, que oraram “Envia o Espíri­to San­to ago­ra, em nome de Jesus Cristo”, e o avi­va­men­to do País de Gales começou.

Evan Roberts tin­ha acaba­do de começar a cur­sar o sem­i­nário quan­do teve uma visão na qual Deus o chama­va para voltar à sua peque­na cidade e pre­gar para os jovens da sua igre­ja. Roberts já tivera out­ras exper­iên­cias com Deus e esta­va con­ven­ci­do que Ele esta­va prestes a der­ra­mar um poderoso avi­va­men­to sobre o país de Gales. Mes­mo assim, podemos imag­i­nar que não foi fácil para ele voltar para casa depois de ape­nas quinze dias no sem­i­nário. Mas, na noite de domin­go, 30 de out­ubro de 1904, durante o cul­to, Roberts teve uma visão dos seus ami­gos de infân­cia e enten­dia que Deus esta­va falan­do para ele voltar para casa e evan­ge­lizá- los.

No dia seguinte Evan Roberts reuniu os jovens da igre­ja e começou a pas­sar a sua visão para o avi­va­men­to. Ele ensi­nou que o povo orasse uma oração sim­ples: “Envia o Espíri­to San­to ago­ra, em nome de Jesus Cristo”.

• De repente, no dia 9 de abril de 1906, o Espíri­to San­to caiu numa peque­na reunião de oração na Rua Bon­nie Brae, número 214, em Los Ange­les, EUA, e o avi­va­men­to da Rua Azusa começou.

Soz­in­ho na cidade de Los Ange­les, sem sus­ten­to finan­ceiro nem a pas­sagem para poder voltar para Hous­ton, Sey­mour foi hospeda­do por Edward Lee, um mem­bro daque­la igre­ja, e mais tarde, por Richard Asbery. Sey­mour ficou em oração, aumen­tan­do seu tem­po diário de oração para sete horas por dia, pedin­do que Deus lhe desse “aqui­lo que Parham pre­gou, o ver­dadeiro Espíri­to San­to e fogo, com lín­guas e o amor e o poder de Deus, como os após­to­los tiveram.”

Uma reunião de oração começou na casa da família Asbery, na Rua Bon­nie Brae, número 214. O grupo levan­tou uma ofer­ta para poder traz­er Lucy Far­row, ami­ga de Sey­mour que já tin­ha rece­bido o batismo no Espíri­to San­to, da cidade de Hous­ton. Quan­do ela chegou, Far­row orou por Edward Lee, que caiu no chão e começou a falar em lín­guas estranhas.

Naque­la mes­ma noite, 9 de abril de 1906, o poder do Espíri­to San­to caiu na reunião de oração na Rua Bon­nie Brae, e a maio­r­ia das pes­soas pre­sentes começou a falar em lín­guas. Jen­nie Moore, que mais tarde se casou com William Sey­mour, começou a can­tar e tocar o piano, ape­sar de nun­ca ter apren­di­do a tocar.

A par­tir dessa noite, a casa na Rua Bon­nie ficou lota­da com pes­soas bus­can­do o batismo no Espíri­to San­to. Den­tro de poucos dias, o próprio Sey­mour tam­bém rece­beu o batismo e o dom de línguas.

Uma teste­munha das reuniões na Rua Bon­nie Brae disse: ‘Eles cla­ma­ram durante três dias e três noites. Era Pás­coa. As pes­soas vier­am de todos os lugares. No dia seguinte foi impos­sív­el chegar per­to da casa. Quan­do as pes­soas entraram, elas caíram debaixo do poder de Deus; e a cidade inteira foi toca­da. Eles gri­taram lá até as fun­dações da casa ced­erem, mas ninguém foi feri­do. Durante ess­es três dias havia muitas pes­soas que rece­ber­am o batismo. Os doentes foram cura­dos e os pecadores foram salvos assim que eles entraram’.

Saben­do que a casa na Rua Bon­nie Brae esta­va fican­do peque­na demais para as mul­ti­dões, Sey­mour e os out­ros procu­ravam um lugar para se reunir. Eles acharam um pré­dio, na Rua Azusa, número 312, que tin­ha sido uma igre­ja Metodista Epis­co­pal mas, depois de ser dan­i­fi­ca­do num incên­dio, foi uti­liza­do como estábu­lo e depósi­to. Depois de tirar os escom­bros, e con­stru­ir um púl­pi­to de duas caixas de madeira e ban­cos de tábuas, o primeiro cul­to foi real­iza­do na Rua Azusa no dia 14 de abril de 1906.

  Avi­va­men­to sem­pre tem um lugar e uma data de começo, de vis­i­tação. Pre­cisamos estar vig­i­lantes, aten­tos para não perder o “onde” e o “quan­do” do “de repente” do Senhor.

D. O men­sageiro que desejamos

o men­sageiro da aliança, a quem dese­jais; ele vem, diz o Sen­hor dos Exérci­tos (Malaquias 3:1c).

Um dos propósi­tos do avi­va­men­to é restau­rar o nos­so entendi­men­to, exper­iên­cias e expec­ta­ti­vas acer­ca da Nova Aliança. Na Nova Aliança há cura, sal­vação, batismo no Espíri­to San­to, expul­são de demônios, ressur­reição dos mor­tos. Vive­mos a adoção como fil­hos e fil­has de Deus, e a trans­for­mação do nos­so caráter segun­do a imagem do Fil­ho. O “men­sageiro da aliança” vem para restau­rar nos­so entendi­men­to, e por vezes isso envolve crise em nos­sa com­preen­são do próprio men­sageiro. Ele pode nos pare­cer estanho, inadequado.

E não ape­nas o men­sageiro, mas o próprio Sen­hor pode ser rejeita­do! É pos­sív­el bus­car- se o Sen­hor até que Ele ven­ha, mas não o aceitar quan­do Ele vier. Esse foi pre­cisa­mente o prob­le­ma dos fariseus e de out­ros líderes reli­giosos dos judeus. Eles que­ri­am o Mes­sias, mas não que­ri­am aque­le Mes­sias! O Rei sem­pre vem mon­ta­do num jumentin­ho. Ele sem­pre vem para ofend­er a mente humana, nos­so entendi­men­to humano de como Ele opera. Como nos diz o pas­tor John Arnott: “Ele (Deus) ofende nos­sa mente para rev­e­lar nos­so coração”.

28 — E Deus escol­heu as coisas vis deste mun­do, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; 29 — Para que nen­hu­ma carne se glo­rie per­ante ele (1ª aos Corín­tios 1).

E. A purifi­cação do povo de Deus

Mas quem supor­tará o dia da sua vin­da? E quem sub­si­s­tirá, quan­do ele apare­cer? Porque ele é como o fogo do ourives e como o sabão dos lavan­deiros. Assen­tar-se‑á como fun­di­dor e purifi­cador de pra­ta; purifi­cará os fil­hos de Levi, e os refi­nará como ouro e como pra­ta. Então eles trarão ao Sen­hor ofer­tas em retidão, e as ofer­tas de Judá e de Jerusalém serão aceitáveis ao Sen­hor, como nos dias anti­gos, e como nos primeiros anos (Malaquias 3:2 a 4).

O primeiro propósi­to do Espíri­to San­to é restau­rar a Igre­ja, o povo de Deus, os “fil­hos de Levi.”

O avi­va­men­to vem não porque nós o mereçamos mas, sim, porque pre­cisamos dele; não porque nós somos san­tos, mas, sim, para nos san­tificar. Ele vem para refi­nar e preparar a Noi­va ama­da, a Igre­ja querida.

Vós, mari­dos, amai a vos­sas mul­heres, como tam­bém Cristo amou a igre­ja, e a si mes­mo se entre­gou por ela, para a san­tificar, purificando‑a com a lavagem da água, pela palavra, a fim de apre­sen­tá-la a si mes­mo igre­ja glo­riosa, sem mácu­la, nem ruga, nem coisa semel­hante, mas san­ta e irrepreen­sív­el (Efé­sios 5:25–27).

F. A trans­for­mação da sociedade

Chegar-me-ei a vós para juí­zo, e serei uma teste­munha veloz con­tra os feiti­ceiros e con­tra os adúl­teros, e con­tra os que juram fal­sa­mente, e con­tra os que defrau­dam o tra­bal­hador, e per­vertem o dire­ito da viú­va, e do órfão, e do estrangeiro, e não me temem, diz o Sen­hor dos Exérci­tos (Malaquias 3:5)

A fase final do avi­va­men­to é a restau­ração da sociedade ao padrão da Palavra de Deus, com justiça, retidão e com­paixão do Reino de Deus. A bênção pode se esten­der por muitas gerações.

Con­clusão

Eis o que Deus tem prometi­do para nós. Busque­mo-lo apaixon­ada­mente. Ore­mos pelo cumpri­men­to da pro­fe­cia em nos­sos dias:

28 — E há de ser que, depois der­ra­marei o meu Espíri­to sobre toda a carne, e vos­sos fil­hos e vos­sas fil­has pro­fe­ti­zarão, os vos­sos vel­hos terão son­hos, os vos­sos jovens terão visões. 29 — E tam­bém sobre os ser­vos e sobre as ser­vas naque­les dias der­ra­marei o meu Espíri­to. 30 — E mostrarei prodí­gios no céu, e na ter­ra, sangue e fogo, e col­u­nas de fumaça. 31 — O sol se con­vert­erá em trevas, e a lua em sangue, antes que ven­ha o grande e ter­rív­el dia do Sen­hor. 32 — E há de ser que todo aque­le que invo­car o nome do Sen­hor será sal­vo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livra­men­to, assim como disse o Sen­hor, e entre os sobre­viventes, aque­les que o Sen­hor chamar (Joel 2).

Amém.

Intro­dução: Avi­va­men­to cubano

                Faz alguns anos Deus ini­ciou um poderoso avi­va­men­to em Cuba. Tudo começou numa igre­ja metodista tradi­cional e fria, pas­tore­a­da pelo então pas­tor Ricar­do Pereira. No final da déca­da de 80, em Pinar del Rio, o cul­to havia ter­mi­na­do, e o pas­tor foi para sua casa pas­toral, nas dependên­cias da igre­ja, para assi­s­tir tele­visão. Mas os jovens seguiram oran­do para que o Espíri­to San­to caísse sobre eles. Era um sába­do; deu 10, 11 da noite, e o pas­tor, cansa­do, disse: “Ess­es jovens não vão emb­o­ra?!”. Pas­tor Ricar­do saiu de sua casa, foi ao tem­p­lo e disse aos jovens para encer­rarem a reunião e irem para casa, pois ele pre­cisa­va descansar.

               Mas os jovens não se foram! Seguiram oran­do, bus­can­do, e o pas­tor voltou a ver TV. Quan­do o pas­tor esta­va nova­mente em casa o Sen­hor o repreen­deu: “Os jovens estão cla­man­do por um der­ra­ma­men­to do Espíri­to, e você está aí ven­do TV!”. Então o pas­tor foi ao tem­p­lo, orou um pouco com eles, e já foi man­dan­do que eles fos­sem para casa. Chegou ao pon­to de tomá-los do chão, pois estavam prostra­dos, e o mes­mo arras­tou a alguns até a por­ta. Mas eles diziam: “Não podemos parar de cla­mar até que o Espíri­to San­to venha!”.

            O pas­tor esta­va deses­per­a­do, ten­tan­do expul­sar os jovens dali quan­do, de repente, o Espíri­to San­to encheu o lugar! O fogo de Deus caiu sobre eles e os jovens metodis­tas tradi­cionais começaram a falar noutras lín­guas. Então o pas­tor Ricar­do lhes disse: “Orem por mim; orem por mim, porque eu tam­bém pre­ciso do Espíri­to Santo”.

                Porque um grupo de jovens decid­iu impor­tu­nar os céus, o avi­va­men­to veio a Cuba, e a igre­ja metodista se tornou uma das mais influ­entes igre­jas naque­le país.

                Pre­cisamos desse tipo de oração obsti­na­da e apaixon­a­da, à qual poderíamos chamar: oração da fé.

               1. A Oração Modelo

              Todos sabe­mos que a oração do Pai Nos­so é um mod­e­lo, e não pode ser enten­di­da de modo lit­er­al. Isso fica claro para nós quan­do vemos que a Igre­ja prim­i­ti­va, ao orar, jamais repetiu aque­las palavras como se fos­sem palavras mág­i­cas, poderosas. Não exis­tem palavras poderosas, mas um Deus Todo-Poderoso!

             Quan­do cheg­amos ao tre­cho “Seja fei­ta a Tua von­tade assim na ter­ra como no céu”, por vezes o enten­demos como a mais clara expressão de coisa algu­ma. E aí oramos mais ou menos assim: “Sen­hor, se o Sen­hor quis­er, cure a min­ha saúde. Sen­hor, se o Sen­hor quis­er, dê-me essa pro­visão finan­ceira, não me deixe mor­rer de fome. Se o Sen­hor quis­er, der­rame o Seu Espíri­to. Faça mila­gres se o Sen­hor quis­er”. Com enorme fre­quên­cia essa é a oração daque­le que duvi­da da Palavra de Deus, de quem não crê nas promes­sas, daque­le que não espera coisa alguma!

              Por que a raça humana tende a agir assim com Deus? Por que há tan­ta incredul­i­dade, e tan­ta con­fusão acer­ca da oração e da von­tade div­ina? Refli­ta­mos nal­guns princí­pios da Palavra de Deus sobre a oração da fé:

              1.1 O fun­da­men­to da oração: Deus é o PAI.

a) Nen­hum fil­ho erra quan­do, antes de ouvir a rev­e­lação da von­tade de seu pai, pede-lhe o que dese­ja. Um dos meios de apren­der­mos a von­tade de Deus é con­tar­mos para Ele qual seja a nos­sa von­tade. Por vezes Deus só nos dirá o que Ele quer depois de pedirmos o que quer­e­mos. Pedirmos algo que não seja a von­tade de Deus antes de Ele rev­e­lar sua von­tade não é nec­es­sari­a­mente peca­do! É rela­ciona­men­to! Pre­cisamos parar de temer nos rela­cion­ar­mos com Deus. A primeira expressão e primeiro sen­ti­men­to da oração é “Pai nos­so” (Mateus 6:9); é abso­lu­ta­mente necessário e seguro abrir­mos nos­so coração diante dele!

                 Eu apren­di que Deus não que­ria me dar uma namora­da car­i­o­ca quan­do eu a pedi e, chegan­do aqui, con­heci a jovem que se tornar­ia min­ha lin­da esposa.

b) Como na relação pai-fil­ho, é pos­sív­el se assen­tar com o Sen­hor para nego­ciar. Quan­do um fil­ho pede algo e seu pai rev­ela sua von­tade, se esse fil­ho ten­tar nego­ciar apre­sen­tan­do bons argu­men­tos, o Pai o ouvirá. Encon­tramos um clás­si­co exem­p­lo na seguinte história:

Porque uma mul­her, cuja fil­ha tin­ha um espíri­to imun­do, ouvin­do falar dele, foi e lançou-se aos seus pés. E esta mul­her era gre­ga, siro-fení­cia de nação, e roga­va-lhe que expul­sasse de sua fil­ha o demônio. Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os fil­hos; porque não con­vém tomar o pão dos fil­hos e lançá-lo aos cachor­rin­hos. Ela, porém, respon­deu, e disse-lhe: Sim, Sen­hor; mas tam­bém os cachor­rin­hos comem, debaixo da mesa, as migal­has dos fil­hos. Então ele disse-lhe: Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua fil­ha (Mar­cos 7:25–29).

                 À mul­her siro-fení­cia Jesus diz: “Não pos­so curar tua fil­ha! Fui envi­a­do aos judeus.”; mas a sen­ho­ra responde: “Não, Jesus! Eu pre­ciso que o Sen­hor a cure”. E o Sen­hor a atende.
Out­ro exem­p­lo é o de Cristo. Mes­mo saben­do, há muito, qual o plano do Pai, de entregá-lo à morte em lugar dos pecadores, Jesus abre seu coração e se assen­ta à mesa da negociação:

E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu ros­to, oran­do e dizen­do: Meu Pai, se é pos­sív­el, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres (Mateus 26:39).

                A nego­ci­ação é fei­ta com con­fi­ança no amor de Deus, e com temor. Se Deus não quis­er nos aten­der, “ben­di­to seja o nome do Sen­hor!”. Ele é o Pai sober­a­no! A ati­tude de ado­ração no iní­cio e no fim do Pai Nos­so man­tém-nos numa posição de reverên­cia diante do Pai Soberano.

                 Se o Sen­hor quis­er nos resi­s­tir, a princí­pio, Ele fará a feri­da, como o fez com Jacó. Ele se oporá à nos­sa oração, e ao fim nos fará algo maior, como o fez com o patriarca:

E levan­tou-se aque­la mes­ma noite, e tomou as suas duas mul­heres, e as suas duas ser­vas, e os seus onze fil­hos, e pas­sou o vau de Jaboque. E tomou-os e fê-los pas­sar o ribeiro; e fez pas­sar tudo o que tin­ha. Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu. E ven­do este que não prevale­cia con­tra ele, tocou a jun­tu­ra de sua coxa, e se deslo­cou a jun­tu­ra da coxa de Jacó, lutan­do com ele. E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares. E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó. Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os home­ns, e prevale­ces­te. E Jacó lhe per­gun­tou, e disse: Dá-me, peço-te, a saber o teu nome. E disse: Por que per­gun­tas pelo meu nome? E abençoou‑o ali. E chamou Jacó o nome daque­le lugar Peniel, porque dizia: Ten­ho vis­to a Deus face a face, e a min­ha alma foi sal­va (Gêne­sis 32:22–30).

                 Ago­ra vejamos o capí­tu­lo 35:

Depois disse Deus a Jacó: Lev­an­ta-te, sobe a Betel, e habi­ta ali; e faze ali um altar ao Deus que te apare­ceu, quan­do fugiste da face de Esaú teu irmão. Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estran­hos, que há no meio de vós, e purifi­cai-vos, e mudai as vos­sas vestes. E lev­an­te­mo-nos, e sub­amos a Betel; e ali farei um altar ao Deus que me respon­deu no dia da min­ha angús­tia, e que foi comi­go no cam­in­ho que ten­ho anda­do. Então der­am a Jacó todos os deuses estran­hos, que tin­ham em suas mãos, e as arrecadas que estavam em suas orel­has; e Jacó os escon­deu debaixo do car­val­ho que está jun­to a Siquém. E par­ti­ram; e o ter­ror de Deus foi sobre as cidades que estavam ao redor deles, e não seguiram após os fil­hos de Jacó (Gêne­sis 35:1–5).

             No capí­tu­lo 32 Jacó que­ria a bênção para se encon­trar com seu irmão Esaú (o medo que ele esta­va viven­do era imen­so). Ini­cial­mente, Deus resis­tiu a Jacó, e este lutou com o Sen­hor. Porque Jacó lutou com Deus, Este lhe deu muito mais do que Jacó pen­sa­va rece­ber: o Sen­hor lhe deu a bênção de um novo nome, a bênção da intim­i­dade, e a bênção do pavor dos povos! A par­tir da luta no vau de Jaboque, Deus e Jacó tiver­am nova relação.

               Por vezes Deus demon­stra uma von­tade dEle (“Deixa-me ir, porque já a alva subiu”) e pre­cisamos ser capazes de apelar a que Ele real­ize out­ra de suas von­tades (“Não te deixarei ir, se não me abençoares”). Deve­mos vê-lo como Pai, e assen­tar-nos à mesa da nego­ci­ação. Jamais con­fun­damos temor (pro­fun­do respeito e sub­mis­são à palavra final do Sen­hor) com medo. Abramos o coração diante do Sen­hor, e peçamos.

Mas ven­do o povo que Moisés tar­da­va em descer do monte, acer­cou-se de Arão, e disse-lhe: Lev­an­ta-te, faze-nos deuses, que vão adi­ante de nós; porque quan­to a este Moisés, o homem que nos tirou da ter­ra do Egi­to, não sabe­mos o que lhe sucedeu. E Arão lhes disse: Arran­cai os pen­dentes de ouro, que estão nas orel­has de vos­sas mul­heres, e de vos­sos fil­hos, e de vos­sas fil­has, e trazei-mos. Então todo o povo arran­cou os pen­dentes de ouro, que estavam nas suas orel­has, e os troux­er­am a Arão. E ele os tomou das suas mãos, e tra­bal­hou o ouro com um buril, e fez dele um bez­er­ro de fundição. Então dis­ser­am: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da ter­ra do Egi­to. E Arão, ven­do isto, edi­fi­cou um altar diante dele; e apre­goou Arão, e disse: Aman­hã será fes­ta ao Sen­hor. E no dia seguinte madru­garam, e ofer­e­ce­r­am holo­caus­tos, e troux­er­am ofer­tas pací­fi­cas; e o povo assen­tou-se a com­er e a beber; depois levan­tou-se a fol­gar. Então disse o Sen­hor a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egi­to, se tem cor­rompi­do, e depres­sa se tem desvi­a­do do cam­in­ho que eu lhe tin­ha orde­na­do; eles fiz­er­am para si um bez­er­ro de fundição, e per­ante ele se incli­naram, e ofer­e­ce­r­am-lhe sac­ri­fí­cios, e dis­ser­am: Este é o teu deus, ó Israel, que te tirou da ter­ra do Egi­to. Disse mais o Sen­hor a Moisés: Ten­ho vis­to a este povo, e eis que é povo de dura cerviz. Ago­ra, pois, deixa-me, para que o meu furor se acen­da con­tra ele, e o con­suma; e eu farei de ti uma grande nação. Moisés, porém, supli­cou ao Sen­hor seu Deus e disse: Ó Sen­hor, por que se acende o teu furor con­tra o teu povo, que tiraste da ter­ra do Egi­to com grande força e com forte mão? Por que hão de falar os egíp­cios, dizen­do: Para mal os tirou, para matá-los nos montes, e para destruí-los da face da ter­ra? Tor­na-te do furor da tua ira, e arrepende-te deste mal con­tra o teu povo. Lem­bra-te de Abraão, de Isaque, e de Israel, os teus ser­vos, aos quais por ti mes­mo tens jura­do, e lhes diss­es­te: Mul­ti­pli­carei a vos­sa descendên­cia como as estre­las dos céus, e darei à vos­sa descendên­cia toda esta ter­ra, de que ten­ho fal­a­do, para que a pos­suam por her­ança eter­na­mente. Então o Sen­hor arrepen­deu-se do mal que dis­sera que havia de faz­er ao seu povo (Êxo­do 32:1–14). Se Moisés sim­ples­mente orasse dizen­do “Se o Sen­hor quis­er, poupa o povo de Israel”, Israel cer­ta­mente morreria!

                 Out­ro exem­p­lo é o de Eze­quias: depois de Isaías pro­fe­ti­zar sua morte, se ele não abrisse o coração diante do Sen­hor, cer­ta­mente mor­re­ria, e não teria a vida pro­lon­ga­da em quinze anos (Is 38:5).
Quan­do Deus encon­trar quem que lute com Ele em oração, algu­mas vezes dirá um tax­a­ti­vo não: “Não! Não é esse o meu plano para você. Não ced­erei à sua von­tade nis­to, meu fil­ho, ou min­ha fil­ha”. Mas sem­pre que Deus encon­trar alguém que se aprox­ime dele como filho/a, exal­tará a fé, e colo­cará seu fil­ho ou fil­ha em nova posição, agraciando‑o/a com uma nova com­preen­são de Seu caráter e vontade.

                 Out­ra figu­ra de nego­ci­ação encon­tramos na história de Ester. Ela é um sím­bo­lo daque­les que com fé se aprox­i­mam do Deus Todo-Poderoso e Supre­mo. Noutras palavras, o que Ester disse a Assuero foi: “Tu assi­naste um decre­to; porém te peço que assines out­ro…” (Et 8:3–11).

                   Ain­da out­ro exem­p­lo de apli­cação deste princí­pio da nego­ci­ação nós encon­tramos em Apoc­alipse. Os cristãos sabi­am que, segun­do as pro­fe­cias, a vitória final será da igre­ja; tam­bém sabi­am que, por um tem­po, a besta os vence­ria. Sabi­am, assim, de duas rev­e­ladas von­tades de Deus!

Con­tu­do, mes­mo diante das pro­fe­cias a pos­tu­ra dos crentes não seria pas­si­va. As almas dos que foram mor­tas por causa da fé apare­cem cla­man­do diante de Deus: “Sen­hor, até quan­do?” (Ap 6). À luz da visão joan­i­na das almas cla­man­do diante do trono, os san­tos na ter­ra orari­am dizen­do: “Sen­hor, é ver­dade que a besta vencerá por um tem­po, perseguin­do e matan­do. Mas ain­da que tiver­mos de mor­rer, per­mi­ta-nos causar dano ao reino dela, em nome de Jesus! E, Sen­hor, abre­via este tem­po de angús­tia. Apres­sa-te em socorrer-nos!”.
Home­ns e mul­heres de fé não são pas­sivos, mas procu­ram traz­er à existên­cia até mes­mo detal­h­es da von­tade de Deus que ain­da não estão clara­mente revelados.

c) Às vezes, quan­do a von­tade do Sen­hor parece con­trária à nos­sa, podemos estar na ver­dade é diante do teste da fé. Retor­nan­do ao tex­to da mul­her siro-fení­cia, bem poderíamos crer que Jesus esta­va tes­tando aque­la mul­her. Vejamos a nar­ra­ti­va para­lela em Mateus:

E, partin­do Jesus dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom. E eis que uma mul­her cananeia, que saíra daque­las cer­ca­nias, clam­ou, dizen­do: Sen­hor, Fil­ho de Davi, tem mis­er­icór­dia de mim, que min­ha fil­ha está mis­er­av­el­mente ende­mon­in­ha­da. Mas ele não lhe respon­deu palavra (1 — Que estran­ho silên­cio!). E os seus dis­cípu­los, chegan­do ao pé dele, rog­a­ram-lhe, dizen­do: Despede‑a, que vem gri­tan­do atrás de nós. E ele, respon­den­do, disse: Eu não fui envi­a­do senão às ovel­has per­di­das da casa de Israel. Então chegou ela, e adorou‑o, dizen­do: Sen­hor, socorre-me! Ele, porém, respon­den­do, disse: Não é bom pegar no pão dos fil­hos e deitá-lo aos cachor­rin­hos (2 — Ele não a man­da emb­o­ra, mas usa um argu­men­to que pode­ria ser con­trari­a­do, se o inter­locu­tor, no caso a mul­her, tivesse humil­dade!). E ela disse: Sim, Sen­hor, mas tam­bém os cachor­rin­hos comem das migal­has que caem da mesa dos seus sen­hores. Então respon­deu Jesus, e disse-lhe: Ó mul­her, grande é a tua fé! (3 — Jesus já não o sabia?) Seja isso feito para con­ti­go como tu dese­jas. E des­de aque­la hora a sua fil­ha ficou sã. (Mateus 15:21–28)

                   Como é tremen­do o poder da oração da fé!

        2.  A oração não pode se basear na dúvi­da (o “Se”), mas na fé (“Eu pre­ciso, e Tu podes”).

                 Quan­do a expressão “se for da Tua von­tade” é usa­da (como ocorre na grande maio­r­ia dos casos) como escu­do da incredul­i­dade, tudo pas­sa a ser “cul­pa” de Deus, e o ser humano foge de sua respon­s­abil­i­dade. Mas está escrito que “O jus­to viverá da fé!” (Hb 10:38).

        3.  Ao lon­go de toda a Bíblia está claro que Deus quer cobrir seus fil­hos de todo o bem.

Guardai, pois, todos os man­da­men­tos que eu vos orde­no hoje, para que sejais fortes, e entreis, e ocu­peis a ter­ra que pas­sais a pos­suir; e para que pro­longueis os dias na ter­ra que o Sen­hor jurou dar a vos­sos pais e à sua descendên­cia, ter­ra que mana leite e mel. Porque a ter­ra que pas­sas a pos­suir não é como a ter­ra do Egi­to, de onde saíste, em que semeavas a tua semente, e a regavas com o teu pé, como a uma hor­ta. Mas a ter­ra que pas­sais a pos­suir é ter­ra de montes e de vales; da chu­va dos céus beberá as águas; ter­ra de que o SENHOR teu Deus tem cuida­do; os olhos do Sen­hor teu Deus estão sobre ela con­tin­u­a­mente, des­de o princí­pio até ao fim do ano. E será que, se dili­gen­te­mente obe­de­cerdes a meus man­da­men­tos que hoje vos orde­no, de amar ao Sen­hor vos­so Deus, e de o servir de todo o vos­so coração e de toda a vos­sa alma, então darei a chu­va da vos­sa ter­ra a seu tem­po, a tem­porã e a serô­dia, para que recol­hais o vos­so grão, e o vos­so mosto e o vos­so azeite. E darei erva no teu cam­po aos teus ani­mais, e com­erás, e far­tar-te-ás. Guardai-vos, que o vos­so coração não se engane, e vos desvieis, e sir­vais a out­ros deuses, e vos inclineis per­ante eles; (Deuteronômio 11:8–16).

Pedi, e dar-se-vos‑á; bus­cai, e encon­trareis; batei, e abrir-se-vos‑á. Porque, aque­le que pede, recebe; e, o que bus­ca, encon­tra; e, ao que bate, abrir-se-lhe‑á. E qual de entre vós é o homem que, pedin­do-lhe pão o seu fil­ho, lhe dará uma pedra? E, pedin­do-lhe peixe, lhe dará uma ser­pente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vos­sos fil­hos, quan­to mais vos­so Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedi­rem? (Mateus 7:7–11)

                   Por­tan­to, abramos o coração diante do Pai, e peçamos, con­fi­a­dos não em nos­sa justiça própria (“trapo imun­do” – Is 64:6), mas na justiça que nos é dada pela fé em Cristo! Amém.

O após­to­lo Pedro colo­ca diante de nós um problema:

I Pedro 3:13–15 — 13 “E qual é aque­le que vos fará mal, se fordes zelosos do bem? 14 Mas tam­bém, se pade­cerdes por amor da justiça, sois bem-aven­tu­ra­dos. E não temais com medo deles, nem vos turbeis; 15 antes, san­tifi­cai a Cristo, como Sen­hor, em vos­so coração; e estai sem­pre prepara­dos para respon­der com man­sid­ão e temor a qual­quer que vos pedir a razão da esper­ança que há em vós.”

Pedro sus­ten­ta que a fé não pode ser algo sem fun­da­men­to, sem moti­vo, sem expli­cação. Eu pre­ciso saber no que creio, e porque creio no que creio.

Temos, então, algu­mas per­gun­tas impor­tan­tís­si­mas a fazer:

1 – Será que, den­tre tan­tas crenças que há no mun­do, a fé ver­dadeira é mes­mo a fé cristã? (E por muitos sécu­los o cris­tian­is­mo tem sido a religião predominante!)

Ou

1 – Como eu pos­so ser cristão num mun­do onde há tan­tas religiões, e diz­er que aqui­lo em que eu acred­i­to é verdade?

Surgem os prob­le­mas da ver­dade rel­a­ti­va (o que é para um não é para out­ro) e da ver­dade abso­lu­ta (o que é, o é para todos).

2 — Existe ver­dade absoluta?

Abso­lu­tos de Jesus sobre Si Próprio, e a obri­gação moral 

Bem… Se a fé cristã é a fé ver­dadeira. Se as afir­mações de Jesus sobre si próprio, em todo seu abso­lutismo, forem ver­dadeiras, por exem­p­lo quan­do Ele diz:

a) João 14:6 — … Eu sou o cam­in­ho, e a ver­dade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.

b) Mateus 19:29 — E todo aque­le que tiv­er deix­a­do casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mul­her, ou fil­hos, ou ter­ras, por amor de meu nome, rece­berá cem vezes tan­to, e her­dará a vida eterna.

c) João 3:16–18 — Porque Deus amou o mun­do de tal maneira que deu o seu Fil­ho unigêni­to, para que todo aque­le que nele crê não pereça, mas ten­ha a vida eter­na. 18 — Quem crê nele não é con­de­na­do; mas quem não crê já está con­de­na­do, porquan­to não crê no nome do unigêni­to Fil­ho de Deus.

d) João 6:45 — Está escrito nos pro­fe­tas: E serão todos ensi­na­dos por Deus. Por­tan­to, todo aque­le que do Pai ouviu e apren­deu vem a mim.

e) João 6:47 — Na ver­dade, na ver­dade vos digo que aque­le que crê em mim tem a vida eter­na. 51 — Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém com­er deste pão, viverá para sem­pre; e o pão que eu der é a min­ha carne, que eu darei pela vida do mun­do. 53 — Jesus, pois, lhes disse: Na ver­dade, na ver­dade vos digo que, se não com­erdes a carne do Fil­ho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mes­mos. 54 — Quem come a min­ha carne e bebe o meu sangue tem a vida eter­na, e eu o ressus­citarei no últi­mo dia.

f) João 10:27 — As min­has ovel­has ouvem a min­ha voz, e eu con­heço-as, e elas me seguem; 28 — E dou-lhes a vida eter­na, e nun­ca hão de pere­cer, e ninguém as arrebatará da min­ha mão. 30 — Eu e o Pai somos um.

g) João 11:25 — … Eu sou a ressur­reição e a vida; quem crê em mim, ain­da que este­ja mor­to, viverá; 26 — E todo aque­le que vive, e crê em mim, nun­ca mor­rerá. Crês tu isto?

h) João 12:46 — Eu sou a luz que vim ao mun­do, para que todo aque­le que crê em mim não per­maneça nas trevas.

Se essas declar­ações de Jesus são, de fato, ver­dadeiras, então todas as demais crenças que se opõem a isso, ou são grandes equívo­cos ou são men­ti­ras inten­cionais, ou são meias-ver­dades. E lem­bre­mos que meias-ver­dades são, na práti­ca, meias-mentiras.

Ou seja, diante dess­es abso­lu­tos de Jesus, todas as crenças que não con­cor­darem com elas devem ser encar­adas como men­ti­ra. E se são men­ti­ra, surge a obri­gação moral de cada cristão anun­ciar a sua fé àque­les que cristãos não são. 

Ou seja, fará todo sen­ti­do o man­da­men­to de Jesus em Mar­cos 16:15: … Ide por todo o mun­do, pre­gai o evan­gel­ho a toda criatura.

Mas… Se de out­ro lado os abso­lu­tos de Jesus não forem ver­dadeiros, então a crença em cada um dos man­da­men­tos pro­pos­tos por Cristo é uma grande tolice e um far­do humano. Como far­dos, ess­es man­da­men­tos devem, então, ser aban­don­a­dos. Não faz sen­ti­do o homem cri­ar uma car­ga para que ele mes­mo car­regue, sem poder algum de sal­vação, bênção, transformação.

Jesus disse que Ele é o úni­co cam­in­ho. Jesus se diz úni­co! Ou Ele dizia a ver­dade, ou então era louco, ou foi um men­tiroso. Mas, des­de que qual­quer um con­cor­da que Jesus foi um bom homem, como, então, Ele pode­ria ser bom e louco, ou bom e men­tiroso? Ele tin­ha de estar falan­do a ver­dade. Ele é o úni­co caminho!

Buda não voltou da morte, nem Con­fú­cio ou Zoroas­tro (Zara­trusta). Maomé (Muhammed) não cumpriu pro­fe­cias detal­hada­mente. Alexan­dre, o Grande, não voltou da morte nem curou doenças. E ape­sar de exi­s­tir pouquís­si­ma infor­mação con­fiáv­el escri­ta a respeito deles, muitos crêem neles.

O argu­men­to matemáti­co (infor­mação extraí­da do livro Evidên­cia que Exige um Vered­i­to de Josh McDowell)

“As seguintes prob­a­bil­i­dades foram cal­cu­ladas por Peter Ston­er em Sci­ence Speaks (Moody Press, 1963). Coin­cidên­cias estão fora da ciên­cia da probabilidade.

Ston­er diz que, usan­do a mod­er­na ciên­cia da prob­a­bil­i­dade, em refer­ên­cia a ape­nas oito pro­fe­cias, ‘nós encon­tramos que a chance de um úni­co homem ter vivi­do antes da pre­sente época e ter cumpri­do ple­na­mente todas as oitos pro­fe­cias é de 1 em 10(17).” Isso seria 1 em 100,000,000,000,000,000 (100 MIL TRILHÕES OU 100 QUATRILHÕES).

Para aju­dar a com­preen­der esta eston­teante prob­a­bil­i­dade, Ston­er ilus­tra isto supon­do que “se nós tivésse­mos 10(17) moedas de 0,50 dólar (em nos­so caso, R$ 0,50) e então espal­hásse­mos pelo ter­ritório do Texas, cobriríamos toda a face do esta­do em uma altura de cer­ca de 70 cm. O Texas é um gigante de 695.661,56 km² (equiv­a­lente a algo como os esta­dos da Bahia e de Per­nam­bu­co somados).

Ago­ra mar­que uma dessas moedas e agite‑a jun­to com toda a mas­sa de moedas sobre todo o esta­do. Pegue um homem e diga que ele poderá ficar com tudo aqui­lo, des­de que ele diga onde está a moe­da mar­ca­da e nos mostre ela. Que chance ele teria de acer­tar na primeira?

Esta é a mes­ma chance que os pro­fe­tas tin­ham de escr­ev­er oito pro­fe­cias e elas se cumprirem em um úni­co homem.”

Ston­er con­sider­ou 48 pro­fe­cias e disse: “nós encon­tramos que a chance de um úni­co homem cumprir total­mente todas as 48 pro­fe­cias será de 1 em 10(157), ou 1 em

100,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000.

O número esti­ma­do de elétrons no uni­ver­so está em torno de 10(79). Isto é uma evidên­cia de que Jesus não cumpriu as pro­fe­cias por mero aci­dente. Ele é o Mes­sias prometi­do. É exata­mente tudo o que Ele diz sobre Si Próprio. Ele é tudo o que ele diz ser! Aleluia!

O argu­men­to moral 

Quan­do Jesus diz, em João 6:53, “… Na ver­dade, na ver­dade vos digo que, se não com­erdes a carne do Fil­ho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mes­mos. 54 — Quem come a min­ha carne e bebe o meu sangue tem a vida eter­na, e eu o ressus­citarei no últi­mo dia.” e diz, em Lucas 9:23, “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mes­mo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”, e ain­da diz, em João 14:23, “Se alguém me ama, guardará a min­ha palavra, e meu Pai o amará, e vire­mos para ele, e fare­mos nele mora­da.”, Ele está afir­man­do para nós que a fé cristã vai além de uma fé mera­mente exter­na: algo diante de mim, no qual eu creio. Não é ape­nas isso!

No exa­to momen­to em que eu pas­so a crer nes­sa coisa fora de mim, ela tem vida própria e vem habitar em mim! A fé cristã bro­ta do coração e se vol­ta para Aque­le que vem habitar o coração, des­de o primeiro momento.

A fé cristã é uma exper­iên­cia de crença nAque­le que pas­sa a habitar em mim, nAque­le que é mes­mo out­ra vida den­tro de mim. E essa out­ra vida den­tro de mim é ago­ra a vida que eu ten­ho de viv­er por meio do meu corpo.

Ou seja, a min­ha vel­ha vida começa a mor­rer diante dessa nova vida que vem crescen­do den­tro de mim, diante dessa out­ra pes­soa que ago­ra mora em mim, e é pura, ver­dadeira, sábia e amorosa.

Essa nova vida que entrou em mim, esse novo EU que pas­sa a habitar em meu cor­po irá pas­so a pas­so matan­do min­ha vel­ha vida, meu vel­ho EU.

Bem falou o após­to­lo Paulo, no famoso tex­to de Gálatas 2:20: Fui cru­ci­fi­ca­do com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que ago­ra vivo no cor­po, vivo‑a pela fé no fil­ho de Deus, que me amou e se entre­gou por mim.

Essa é a fé cristã! Uma exper­iên­cia con­tínua de negação do eu, e de morte. Uma morte que bro­ta de dentro.

Pre­cisamos, então, reex­am­i­nar o tex­to de Lucas 9:23!

Ao que parece, ali Jesus não está primeiro orde­nan­do que alguém tome cada dia sua cruz. Ele estaria, em primeiro lugar, advertin­do que fé cristã é sim­ples­mente esse mor­rer con­tín­uo. Ele não estaria em primeiro lugar orde­nan­do ao homem mor­rer a cada dia, mas estaria em primeiro lugar deixan­do claro que a con­ver­são pro­duziria auto­mati­ca­mente em quem nEle cresse uma morte contínua.

Quan­do olho para a Bíblia Judaica, essa ideia fica ain­da mais clara. Assim lemos, ali, Lucas 9:23: “Então disse a todos: Se alguém quis­er me seguir, terá de diz­er não a si mes­mo, tomar diari­a­mente sua esta­ca de exe­cução e con­tin­uar a me seguir”!

De antemão Jesus adverte seus dis­cípu­los dizen­do-lhes algo como:

“Pas­so-a-pas­so vocês deixarão de ser o que são. Vocês se trans­for­marão em out­ra coisa por causa dessa vida que entrará em vocês, e que ao mes­mo tem­po que é vida é morte, pois vai matan­do a vel­ha vida que habita­va em vocês. Algu­mas relações doen­tias, alguns hábitos ruins, alguns peca­dos começarão a mor­rer, vocês serão novas pes­soas por causa dessa nova pes­soa que entrará em vocês”. 

A dout­ri­na da substituição 

E essa morte e nova vida ocor­rem pela fé nAque­le que mor­reu pelos pecadores. E aí temos novo prob­le­ma: a dout­ri­na da sub­sti­tu­ição. Cristo fez, segun­do dizem alguns, o que seria impos­sív­el: assumir a cul­pa de outros!

Quem se opõe a esta que é uma das bases da fé cristã, o sac­ri­fí­cio de Cristo em lugar dos pecadores, tropeça em várias questões. Por exemplo:

1 – Nega uma das maiores demon­strações pos­síveis de amor: uma pes­soa inocente se entre­gar à con­de­nação em lugar de uma pes­soa culpada;

2 – Igno­ra o grau de par­entesco entre o inocente e os cul­pa­dos que ele rep­re­sen­ta. Ou seja, igno­ra que o Inocente é o irmão mais vel­ho dos cul­pa­dos pelos quais Ele morre;

3 – Igno­ra tam­bém o fato de que é o Pai de todos ess­es quem orde­na ao inocente, o Fil­ho mais vel­ho, sub­sti­tuir todos os demais fil­hos, que são na ver­dade culpados.

Igno­ra, então, a maior man­i­fes­tação de amor do Fil­ho, a maior man­i­fes­tação de amor do Pai, a sabedo­ria do Pai que man­da o Fil­ho mais vel­ho sub­sti­tuir os fil­hos menores que são fra­cos em relação ao irmão mais vel­ho. Igno­ra o par­entesco que há em todas essas relações. Essa objeção traz con­si­go um peso de frieza para todas as relações de quem pro­fes­sa essa crença.

Quem não con­segue admi­tir a maior pro­va de amor por parte do Pai e do Fil­ho jamais vai enten­der man­i­fes­tações pro­fun­das, sub­sti­tu­ti­vas, sejam elas quais forem, de amor. Evi­den­te­mente, por não as enten­der, por não as aceitar, tam­bém não as praticará! 

Alguém diria: mas o que impor­ta não é que o out­ro está sendo aju­da­do, servi­do? Não! Para o out­ro isso é bom, mas para quem prat­i­ca o bem sem crer na sub­sti­tu­ição de Cristo, vale o que diz a Escritura:

I Corín­tios 13:3 — E ain­da que dis­tribuísse toda a min­ha for­tu­na para sus­ten­to dos pobres, e ain­da que entre­gasse o meu cor­po para ser queima­do, e não tivesse amor, nada dis­so me aproveitaria.

A moti­vação dos atos, incluin­do a pre­gação, daque­le que segue ao Cristo que se entre­gou como sub­sti­tu­to, e daque­le que rejei­ta a pos­si­bil­i­dade de Cristo sub­sti­tuir os pecadores, serão dis­tin­tas: Um pre­gará por amor ao próx­i­mo. O out­ro propa­gará sua men­sagem por amor a si próprio.

O que pre­gar por amor pelo próx­i­mo o fará porque foi sal­vo; porque pas­sou a ser habita­do por Aque­le que é Amor. E habita­do por Aque­le que é Amor, sim­ples­mente AMA como Ele ama.

Em con­tra­parti­da, aque­le que pre­gar, não por amor ao próx­i­mo, mas para difundir sua dout­ri­na por amor a si próprio, numa ten­ta­ti­va de auto-sal­vação, deixa claro que ain­da não é habita­do por Aque­le que é o amor. Seus atos não são atos de amor, altruís­tas e desin­ter­es­sa­dos, mas são uma ten­ta­ti­va de auto-sal­vação. E só ten­tará auto-sal­vação porque, não sendo habita­do por Aque­le que é Amor, ain­da não foi sal­vo!!! E não poderá ser sal­vo enquan­to não for habita­do por Aque­le que é amor, ain­da que pra­tique atos que sejam chama­dos atos de cari­dade. Ess­es atos de cari­dade não são atos de amor, porque não são o resul­ta­do de o indi­ví­duo, por fé no Cristo sub­sti­tu­to, ser habita­do por Aque­le que é Amor, e amor que se entrega.

A ten­ta­ti­va de auto-sal­vação, para todos os sen­ti­dos, será sem­pre lou­cu­ra. E a crença no amor de Cristo, no amor do Pai, no ato sub­sti­tu­ti­vo em favor dos pecadores, além de ser fé genuí­na no Amor, além de traz­er para den­tro da vida da pes­soa que crê, Aque­la pes­soa, Deus , que é AMOR… A crença no ato sub­sti­tu­ti­vo de Cristo, ao oper­ar essas con­se­quên­cias, irá se man­i­fes­tar na vida daque­le que crê como SALVAÇÃO. E a sal­vação se man­i­fes­ta em genuíno e abso­lu­ta­mente desin­ter­es­sa­do AMOR pelo próx­i­mo.

Ou seja, a renún­cia de SI, na fé cristã, é a con­se­quên­cia nat­ur­al de se crer e ser habita­do por Aque­le que é Amor, o qual que renun­ciou a SI mes­mo em favor dos pecadores.

Ninguém que é habita­do pelo AMOR não AMA. Quem é habita­do pelo AMOR, ama simplesmente. 

I João 2:5–6 — Mas qual­quer que guar­da a sua palavra, o amor de Deus está nele ver­dadeira­mente aper­feiçoa­do; nis­to con­hece­mos que esta­mos nele. 6 — Aque­le que diz que está nele, tam­bém deve andar como ele andou.

O Úni­co Deus Substituto 

Pre­ciso encer­rar com um fato: somente a fé cristã apre­sen­ta um Deus que renun­ciou a si próprio, o Deus da Graça! 

O Deus cristão nos apre­sen­ta uma religião “ao con­trário”: em vez de os humanos saírem em bus­ca de Deus, é Deus que é reli­gioso para com o homem, bus­can­do a “reli­gação”. O Deus cristão é o Úni­co que, por puro amor, tem no coração a sal­vação do homem. Ele é por isso o Úni­co que gera home­ns que, sem qual­quer inter­esse pes­soal (de auto-sal­vação, par­tic­u­lar­mente), sol­i­darizam-se e se com­pro­m­e­tem com os demais home­ns, rev­e­lando o caráter gra­cioso de seu Pai.

Deus é capaz de se entre­gar à morte para sal­var o bem mais pre­cioso que pos­sui: seus fil­hos. E não somente aque­les que são cir­cun­ci­da­dos, ou que não comem por­co, ou que imo­lam um carneiro, etc.

A fé no úni­co Cristo é, con­se­quente­mente, a úni­ca ver­dadeira fé.

Teste­munhos

“O ira­ni­ano Elia Hos­sei­ni, de 20 anos, sofreu na ado­lescên­cia uma opressão dupla — da polí­cia reli­giosa (no Irã, ela tem autori­dade para pren­der, tor­tu­rar e matar) e do próprio pai, um muçul­mano fun­da­men­tal­ista que teria ten­ta­do assas­si­nar o fil­ho por sim­ples­mente não tol­er­ar os con­tatos que este tin­ha com cristãos.

— Ser cristão sig­nifi­ca para mim ter a sen­sação da mais pro­fun­da liber­dade — diz o ira­ni­ano, que todo domin­go fre­quen­ta a igre­ja de Steglitz.

Em Berlim, Ale­man­ha, os novos cristãos pref­er­em a igre­ja luter­ana, que tem litur­gias mais fes­ti­vas, com mais músi­cas sacras e um ser­mão mais longo.

Talvez influ­en­ci­a­do pela própria exper­iên­cia, Hos­sei­ni diz que o cris­tian­is­mo é a religião da ale­gria, enquan­to o Islã é uma religião triste.

— Aqui em Berlim, as pes­soas sor­riem quan­do can­tam na litur­gia; já nas mesquitas do Irã, eu só tin­ha von­tade de chorar — lem­bra ele”.

“De acor­do com entre­vista da TV Al-Jazeer­ah, com o sheikh Ahmad Al Katani, a cada hora 667 muçul­manos se con­vertem a Cristo. Todos os dias, 16 mil muçul­manos se con­vertem a Cristo. Todos os anos, 6 mil­hões de muçul­manos se con­vertem a Cristo.”

O Amor tem atraí­do home­ns e mul­heres para Si. Aleluia! Não nos intimidemos, mas ouse­mos falar, com man­sid­ão e temor, a todos os home­ns, “a razão da esper­ança que há em nós”. Amém.